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Empreendedoras são mais qualificadas e aumentam quadro de funcionários de e-commerces em 2022

Empreendedoras são mais qualificadas e aumentam quadro de funcionários de e-commerces em 2022

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Dados da Nuvemshop apontam que, no mesmo ano, o número de lojas online lideradas por mulheres com 2 a 5 funcionários cresceu 14%. As empreendedoras também apostam mais em redes sociais do que os homens


Os pequenos e médios e-commerces geridos por mulheres estão a todo vapor, é o que aponta dados do estudo NuvemCommerce, realizado pela Nuvemshop. As empreendedoras brasileiras estão mais qualificadas do que os homens: 50% delas estudaram até o Ensino Superior, enquanto cerca de 23% têm pós-graduação Lacto ou Stricto Sensu. No caso dos homens, 43% têm Ensino Superior e 18% são pós-graduados.
 

Apesar de a maioria das empreendedoras atuarem sozinhas, para cada mil e-commerces liderados por mulheres, existem 380 lojas com 2 a 5 funcionários em 2022, um aumento de 14% a cada mil lojas em relação ao ano anterior. Além disso, o número de lojas online administradas por mulheres com 6 a 15 funcionários dobrou em 2022: para cada mil e-commerces liderados por mulheres, 20 lojas têm de 6 a 15 funcionários.
 

“Em nosso estudo levantamos que as mulheres já representam a maioria dos empreendedores dos pequenos e médios e-commerces, sendo 60% do total. O sucesso delas no varejo online tem garantido também novas oportunidades de geração de emprego para o mercado online”, comenta Tamires Barlette, especialista em e-commerce da Nuvemshop.
 

Um exemplo desse sucesso e expansão é a loja online Mazé Doces, e-commerce especializado em fabricação e venda nacional de doces cristalizados, compotas e geleias. A loja utiliza os serviços da Nuvemshop Next, unidade de negócio da empresa focada em lojistas que faturam acima de 100 mil reais mensais e que buscam escalar seus negócios rapidamente. A empreendedora Mazé Lima, de Carmópolis (MG), iniciou suas vendas online em 2016, porém só em 2019 criou sua loja virtual. Hoje conta com 25 funcionários e seu faturamento foi de cerca de R$618 mil nos últimos 6 meses.
 

“Estava em um momento de muitas dificuldades e não encontrava emprego em nenhum lugar. Muitas portas se fechavam. Então fiz um juramento de que criaria meu próprio negócio e geraria muitos empregos para os outros”, conta Mazé. Mas a empreendedora também tinha outro sonho: vender doces online. “Todo mundo falava que era impossível vender doces online, então em 2018 resolvi aprender sobre redes sociais para divulgar meu negócio no Instagram e em 2019, ainda sem a loja virtual pronta, fiz uma Black Friday pelo WhatsApp. Foi uma loucura e um sucesso”.
 

Em relação à Black Friday, a data foi bastante aproveitada por grande parte dos empreendedores no e-commerce: 55,5% das mulheres e cerca de metade dos homens desenvolveram ações especiais nas lojas virtuais para o período em 2022. No geral, as empreendedoras mulheres aproveitam muito mais as datas comemorativas para vender no e-commerce. Apenas 19% delas não desenvolveram ações específicas para nenhuma data comemorativa no ano passado, enquanto 31% dos homens não atuaram em nenhuma data.
 

Empreendedoras apostam nas redes sociais e em influenciadores digitais

A atuação estratégica em redes sociais não é uma aposta somente da Mazé, conforme o estudo da Nuvemshop. Os dados também mostram que as empreendedoras mulheres apostam mais nas redes sociais do que os homens: 89,5% delas utilizaram o Instagram como ferramenta de atendimento ao cliente em 2022, em comparação a 76% dos homens.
 

A preferência das mulheres empreendedoras por redes sociais focadas em imagens e vídeos dinâmicos também é uma realidade quando o objetivo é criar e publicar conteúdo sobre os produtos e o negócio. 99% delas apostam no Instagram e 37% no Tik Tok para criação de conteúdo. No caso dos homens, 94% deles apostam no Instagram e 26% no Tik Tok.
 

Quando o foco é complementar as vendas online, em paralelo ao e-commerce, 76% das mulheres utilizaram aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, como canal alternativo para vender, contra 69% dos homens.
 

Outro destaque da pesquisa é o marketing de influência. As empreendedoras mulheres apostam mais no trabalho de influenciadores digitais para divulgação da marca e de seus produtos: cerca de 44% delas fizeram parcerias pagas ou permutas com influenciadores em 2022. Além disso, das que não fizeram, 20% pretendem trabalhar com influenciadores neste ano. Em contrapartida, apenas 28,5% dos homens apostaram em marketing de influência no ano passado.

 

A força do Instagram para impulsionar negócios online também foi o que levou a empreendedora Isabela Pardo a criar o Retrobel, loja de artigos de decoração que também utiliza a plataforma Nuvemshop Next. “Eu comecei no Instagram com uma página de referências, com indicações de decorações por bastante tempo. A loja virtual veio em 2019, quando decidi transformar toda aquela referência em realidade, com artesanato brasileiro feito à mão. Foi aí que lançamos a tendência do capim dos pampas e entramos com as composições de parede e as luminárias de fibra natural, que hoje são um grande sucesso da marca”.
 

Os produtos do Retrobel são fabricados por artesãos de todo o Brasil e utilizam apenas matéria-prima brasileira. A empresa hoje possui aproximadamente 20 colaboradores entre os internos e externos, além da parceria com mais de 1.200 artesãos individuais, grupos familiares, grupos indígenas, associações e comunidades de artesãos e produtores da matéria-prima do Brasil inteiro. O faturamento da marca chegou a R$ 3 milhões no último ano.