A quinta geração de rede privativa móvel implementada e habilitada pela Embratel já está possibilitando testes em laboratório 5G localizado na Eretz.bio, do Einstein, na Vila Mariana, em São Paulo (SP). O uso da tecnologia vem sendo avaliado em diversas soluções com aplicações na saúde para verificar eficiência, segurança, agilidade e otimização de custos, além de benefícios aos médicos e pacientes.
Dentre os testes com o 5G já em andamento, estão a realização de consultas e exames remotos; uso de Inteligência Artificial para predições de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC); análises para cirurgias digitais; telementoria para educação cirúrgica; e apoio em primeiros socorros a distância em ambulâncias. A parceria também conta com equipamentos de 5G fornecidos pela Ericsson.
“Com a rede privativa 5G, conseguimos entregar uma baixíssima latência, alta disponibilidade e capacidade de rede para suportar a transmissão de dados e imagens de modo instantâneo e com máxima qualidade”, afirma Adriano Rosa, Diretor-Executivo da Embratel. De acordo com o executivo, essas características são essenciais em um atendimento de excelência a pacientes e para uma rápida tomada de decisão em situações de alta complexidade, algo de extrema importância no setor. “A avaliação da tecnologia 5G em soluções para a saúde, realizada no laboratório do Einstein, já demonstra resultados muito positivos na utilização do 5G. A Embratel está muito orgulhosa em fazer parte dessa jornada de evolução, que tem se mostrado cada vez mais enriquecedora para, em breve, podermos levar um ecossistema completo e uma transformação digital com incontáveis vantagens à população e ao segmento da saúde”, diz.
Uma das iniciativas testadas envolve o uso do 5G no serviço Einstein Até Você, que provê assistência médica, realização de exames e aplicação de vacinas onde o paciente estiver. O objetivo será testar, entre outros quesitos, se a tecnologia trará melhora da qualidade do vídeo durante uma teleconsulta, se é possível a análise de exames diagnósticos em tempo real e potencializar o uso de diversas ferramentas diagnósticas, como IoT (internet das coisas). A partir de um aplicativo, para captura de imagens, e do uso equipamentos clínicos, como otoscopia, ausculta pulmonar e abdominal e oroscopia, o enfermeiro presente na residência do paciente, por exemplo, se conectará via 5G com os médicos localizados no hospital e passará a receber orientações em relação ao tratamento devido com base nas informações enviadas por ele.
A nova geração de rede móvel testada deve permitir essa comunicação em tempo real e com baixíssima latência, com fotografias e vídeos transmitidos em perfeita nitidez para uma análise detalhada do médico. Assim, mesmo à distância, a assistência médica é completa, inclusive possibilitando múltiplos teleatendimentos, com diversos especialistas, simultaneamente.
De acordo com o vice-presidente de Negócios da Ericsson, Murilo Barbosa, a infraestrutura instalada no Lab 5G conta com cobertura indoor dedicada. “Estamos muito felizes em apoiar esta iniciativa, que permite mostrar o potencial da tecnologia de quinta geração aplicada ao setor de saúde. Com essa arquitetura, é possível garantir um desempenho aprimorado com melhores níveis de sinal e maior capacidade, o que assegura que as atividades 5G nesse lab terão intervalos de tempo de transmissão bem mais curtos e menor latência de interface de rádio para facilitar o suporte a aplicativos sensíveis como transmissões de vídeo e uso de realidades aumentada e virtual”, afirma Barbosa.
A aplicação do 5G também está sendo avaliada para ser usada na Unidade Móvel de Saúde do hospital em iniciativa conjunta com a Mercedes-Benz do Brasil. O projeto oferece serviços de saúde de forma itinerante e conta com aparelhos para a realização de exames, que necessitam de uma conectividade rápida, estável e confiável para o envio e recebimento de informações. Com a nova tecnologia, será possível observar a otimização nos encaminhamentos assíncronos de dados, bem como melhorar o streaming de vídeo durante uma teleconsulta. A partir da efetiva utilização do 5G, pacientes atendidos pela unidade móvel poderão ter acesso remoto com mais qualidade a médicos especializados do hospital, além da entrega rápida de resultados de exames. Com isso, há um aperfeiçoamento no suporte oferecido.
As empresas analisam ainda outros importantes casos de uso, como o impacto da quinta geração de rede móvel integrada a uma Inteligência Artificial para predição de AVCs, utilizando imagens de ressonância magnética. Já para cirurgia digital e telementoria de educação cirúrgica, estão sendo feitas pesquisas para visualizar e comparar questões de velocidade e latência, conexão de devices e confiabilidade do 5G, por exemplo, para futuramente realizar procedimentos a distância, além de simulações com realidade virtual aos estudantes de medicina. Em ambulâncias, os testes buscam verificar a capacidade da tecnologia no apoio remoto de especialistas em emergências médicas graves, aproveitando cada segundo dos primeiros socorros.