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Drex, moeda digital anunciada nesta semana pelo Banco Central, usará tecnologia blockchain

Drex, moeda digital anunciada nesta semana pelo Banco Central, usará tecnologia blockchain

Com lançamento previsto para o final de 2024, a ideia do BC é que a nova versão seja utilizada para serviços financeiros com uso de tecnologia robusta, permitindo transações com valores maiores em um ambiente seguro e com poucas chances de fraudes

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A versão virtual do Real Digital ganhou um novo capítulo rumo à implementação. O Banco Central (BC) anunciou que a moeda digital se chamará Drex, a ideia é que a nova versão seja utilizada no atacado para serviços financeiros, funcionando como um Pix para grandes quantias e com diferentes finalidades. O consumidor terá de converter reais em Drex para enviar dinheiro e fazer o contrário para receber dinheiro.

 

Embora possa ser considerado algo bem parecido com o próprio Pix, por permitir pagamentos instantâneos entre instituições financeiras diferentes, o Drex funcionará de maneira distinta. No Pix, a transferência ocorre em reais e obedece a limites de segurança impostos pelo BC e pelas instituições financeiras. No Drex, a transferência utilizará a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas. Isso permitirá transações com valores maiores.

 

A nova plataforma ainda se encontra em fases de teste desde março deste ano, com as primeiras operações simuladas previstas para setembro, o real digital pretende ampliar as possibilidades de negócios e estimular a inclusão financeira em ambiente seguro, com poucas chances de fraudes.

 

A previsão é que o Drex chegue ao consumidor no final de 2024 ou no início de 2025, só funcionando como uma moeda de atacado, trocada entre instituições financeiras. O cliente fará operações com a moeda digital, mas não terá acesso direto a ela, operando por meio de carteiras virtuais.

 

O processo ocorrerá da seguinte forma. Primeiramente, o cliente (pessoa física ou empresa) deverá depositar em reais a quantia desejada numa carteira virtual, que converterá a moeda física em Drex, na taxa de R$ 1 para 1 Drex. Essas carteiras serão operadas por bancos, fintechs, cooperativas, corretoras e demais instituições financeiras, sob a supervisão do BC. Novos tipos de empresas com carteira virtual poderão ser criados, conforme a evolução da tecnologia.

 

Após a tokenização (conversão de ativo real em ativo digital), o cliente poderá transferir a moeda digital, por meio da tecnologia blockchain. Caberá ao receptor converter os Drex em reais e fazer a retirada.

 

Além disso, a tokenização pode ser definida como a representação digital de um bem ou de um produto financeiro, que facilita as negociações em ambientes virtuais. Por meio de uma série de códigos com requisitos, regras e processos de identificação, os ativos (ou frações deles) podem ser comprados e vendidos em ambientes virtuais.

 

Febraban colaborou com projeto-piloto do Real Digital

 

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que tem participado ativamente das discussões em torno do Real Digital desde o início dos trabalhos técnicos do projeto junto ao Banco Central, criou, em março, um grupo de trabalho para contribuir com o regulador para o início do desenvolvimento do projeto-piloto.

 

Inicialmente, participaram cerca de 15 representantes de bancos associados que focarão seus debates técnicos em questões como segurança, resiliência, interoperabilidade e escalabilidade da moeda digital.

 

“Em um primeiro momento, o real digital provavelmente terá mais aplicabilidade para a pessoa jurídica. Não será utilizado em larga escala por pessoas físicas. O mercado ainda vai se desenvolver. O que estamos construindo é uma infraestrutura que permita a tokenização desses depósitos. E a partir daí, você abre um leque de oportunidades para outros produtos e serviços no sistema financeiro”, avalia Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da FEBRABAN.

 

O diretor explica que o projeto estará embasado em uma plataforma de blockchain – uma inovação em tecnologia da informação que, usando criptografia, permite criar registros, sem controle centralizado, encadeados e dependentes entre si (não há como alterar um registro sem modificar todas a cadeia de informações). Essa capacidade permite operações mais eficientes e seguras no sistema bancário.

 

“Se você pensar em uma transferência bancária simples, o Pix já supre essa necessidade. A questão é que a tecnologia em blockchain abre um portal para outras transações mais complexas que chamamos tecnicamente de DvP, que só se concretizam mediante a entrega de um serviço – você reserva um pagamento, mas só se efetiva quando o serviço da contraparte estiver feito”, finaliza o diretor.

 

*Com informações da Agência Brasil