Em momento de transformação de negócios com ações focadas na era digital, a busca pelas interconexões entre operadoras de Telecom, provedores de cloud e empresas é um caminho que pode gerar economia, performance e mais segurança para as organizações. Essa aposta está no centro da estratégia da Equinix, empresa global de data center e que está presente no Brasil desde 2011, quando adquiriu a Alog Data Centers.
Desde que aterrissou no país, a companhia manteve ritmo forte de investimento para conquistar mercado e se impor diante da concorrência. Após a construção de seis data centers locais – dois no Rio de Janeiro e quatro em São Paulo –, a interconexão virou a palavra mais falada pela companhia, que criou um modelo de ecossistema global permitindo aos clientes diversas oportunidades de negócio entre si.
“A transformação digital impõe um ritmo diferente para companhias globais que querem se manter competitivas e saudáveis em seus nichos de mercado. Para isso, elas precisam contar com a tecnologia e enxergamos um movimento no mercado global de data center em migrar os ambientes centralizados para um processo de descentralização”, pontua Eduardo Carvalho, presidente da Equinix no Brasil.
Segundo ele, o mercado brasileiro possui aproximadamente 80% dos ambientes on premisse, o que representa uma ampla oportunidade para as interconexões. Isso permite que as empresas de diversos segmentos hospedadas nos data centers Equinix possam fazer negócio com outras companhias dentro desse ecossistema. Carvalho garante neutralidade de contrato, conexão via cabo físico de fibra ótica – sem uso da internet para tráfego de dados, o que proporciona mais segurança e disponibilidade – e infraestrutura em que a interconexão, que também pode ser definida como ligações virtuais, estará no centro das decisões.
América Latina
Mesmo sem abrir números e expectativas de crescimento no Brasil e em toda América Latina, Carvalho foi categórico ao dizer que 2018 será um ótimo ano para a Equinix. Isso porque a companhia fez muitos investimentos nos últimos anos e resta agora consolidar tudo isso atendendo demandas de todas as empresas do segmento Enterprise, independente do segmento de negócio.
No primeiro semestre de 2017, a companhia inaugurou seu maior data center, o International Business Exchange. Localizado em Santana de Parnaíba/SP, a capacidade final será de 2.800 racks, o que dobra a capacidade da Equinix no Brasil, e tem como objetivo promover a interconexão de negócios em toda plataforma global. São serviços de telecom, de computação na nuvem, provedores de internet, empresas de serviços financeiros e de conteúdo digital.
O estudo publicado pela Equinix, Global Interconnection Index, prevê que a América Latina será a região com maior crescimento em todo o mundo em termos de interconexão, podendo crescer 62% anualmente entre 2016 e 2020. Em três anos, o principal caso de uso entre empresas e provedores de serviços para a capacidade de velocidade de interconexão é conectar-se aos provedores de rede (taxa composta de crescimento anual de 181%), seguido pela conexão com provedores de cloud e de serviços de TI (taxa composta de crescimento anual de 91%).
“Ou seja, o que vendemos é um conceito de que tudo está ao seu alcance e de qualquer lugar. A partir do momento em que o cliente está presente em nosso data center, ele tem à disposição todo um ecossistema para fazer negócio de forma transparente. Se integre a qualquer coisa, converse com todo mundo e faça diversos negócios que agregam valor para você. Essa é nossa mensagem para o mercado brasileiro”, finaliza o executivo.
Tendências
Com o forte crescimento das interconexões, Equinix dá alguns caminhos que vão orientar profissionais em suas arquiteturas de tecnologia para 2018. Segundo as previsões da companhia, as redes privadas de blockchain ganham visibilidade e se expandem; as aplicações baseadas em Inteligência Artificial firmam-se como tendência; e aplicações de IoT aceleram migração da computação para a digital edge
Na lista de tendências, a companhia também destaca o avanço de arquitetura para sistemas de cabos submarinos; tecnologias SDN/NFV que podem transformar as redes de área ampla; e tendência multicloud que gera necessidade de acesso a plataformas híbridas de TI.