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Digitalização das lojas físicas e omnicanalidade: NRF 2023 traz insights para o varejo no Brasil

Digitalização das lojas físicas e omnicanalidade: NRF 2023 traz insights para o varejo no Brasil

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Entre os destaques do evento, realizado em Nova Iorque, estão as lojas do futuro, a autonomia dos clientes e a evolução das soluções em nuvem

Foi realizada em Nova Iorque, entre os dias 15 e 17 de janeiro, a NRF Retail’s Big Show, principal evento anual de varejo do mundo. A conferência reuniu os maiores players do mercado e trouxe tendências e ensinamentos para o varejo que devem estar em evidência em 2023. O setor teve mudanças significativas nos últimos anos devido às revoluções tecnológicas impulsionadas pela pandemia de Covid-19, em que o digital ganhou destaque no isolamento social. É notável que, no pós-pandemia, alguns temas tenham se destacado em relação ao mercado e tomadores de decisão tenham buscado se adaptar à essa nova realidade. 

“O varejo está em constante movimentação e isso não é nenhuma novidade. Acompanhar as tendências de mercado nos permite analisar não somente as novidades, mas também as mudanças na forma de consumo dos clientes. A era omni já está acontecendo. O varejo físico se entrelaçou ao digital, seguindo as demandas dos próprios consumidores”, comenta Paulo Guimarães Peguim, executivo do Myrp Enterprise, sistema de gestão empresarial com um PDV exclusivo voltado às grandes operações do varejo de moda, que esteve presente no NRF 2023. 

De acordo com um estudo da Wunderman Thompson, 62% dos consumidores afirmam que as marcas com forte presença no digital são suas preferidas, visto que a tecnologia é parte essencial da vida de 76% dos entrevistados. Os números mostram a relevância da estratégia omnichannel, que conecta o ambiente físico ao digital (phygital). Ou seja: o tão falado “futuro do varejo” já virou presente. 

Peguim acompanhou as tendências apresentadas no evento que estarão em alta no varejo em 2023 e ressalta que uma delas é a loja física no centro das estratégias varejistas. Ele analisa o case da Amazon Go, loja autônoma em que as vendas são feitas sem intervenção humana, ou seja, os atendimentos são totalmente automatizados e digitais. Para ele, a loja representa a renovação do varejo.

“Por mais que o digital tenha destaque no varejo, a omnicanalidade possibilitou a experiência de vendas mais completa para o consumidor. A Amazon, precursora no e-commerce, que comercializa todos os seus produtos no digital, apresentou na NRF sua proposta de loja física com uma série de inovações que promovem uma experiência de compra prática e versátil para o cliente por meio de estratégias de omnicanalidade”, avalia. 

Outro ponto de destaque, segundo Peguim, foi o avanço das soluções em nuvem integradas com o uso da inteligência artificial, que atendem necessidades específicas de determinados setores. “A IA tem capacidade de analisar simultaneamente o ciclo de vendas e realizar uma gestão atraente aos consumidores. Com o uso dessa tecnologia, as soluções implantadas no varejo trarão bons resultados às empresas. A alta capacidade de auto aprendizado combina serviços tradicionais de nuvem com funcionalidades específicas para o setor”, comenta Paulo.

O executivo finaliza destacando que as novidades facilitam a jornada de compra do consumidor e trazem autonomia ao cliente que opta por ir à loja física. “A presença das marcas no digital é, com certeza, um diferencial de mercado. Com um público cada vez mais exigente, é quase impossível separar o digital do físico durante a experiência de compra e o setor varejista precisa investir em ferramentas que integrem esses dois ambientes, para que assim se mantenha relevante no mercado”, conclui.