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Consumidor Omnichannel e novas tecnologias devem impulsionar vendas na Black Friday

Consumidor Omnichannel e novas tecnologias devem impulsionar vendas na Black Friday

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Em pesquisa publicada pela SBVC na última sexta-feira (17), descobriu-se que 81% dos entrevistados pretendem fazer as compras por métodos online, além de querer promover uma busca prévia em busca dos melhores preços. Nova realidade que se consolida apresenta novas oportunidades ao E-commerce brasileiro com Pix e técnicas de pricing

A Black Friday se tornou uma das datas mais importantes para o varejo nacional, junto do Dia das Mães e do Natal, desde que foi importada para o Brasil em 2011. E com a adição da Cyber Monday no ano seguinte, as vendas nesse período passaram a ser profundamente ditadas pelo E-commerce, com várias lojas migrando grande parte de suas operações para os meios digitais de consumo.

Diante dessas mudanças, a pesquisa desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) apontou que o E-Commerce já se destaca com larga margem em comparação às vendas em lojas físicas. Segundo os dados, 81% dos consumidores pretendem fazer as suas compras através de métodos online, ante 19% que permanecerão comprando de forma presencial.

Assim, com um trânsito mais avolumado de acessos a sites de compras, os desafios aumentam em relação à experiência do cliente e à segurança dos dados pessoais. É nesse contexto em que se detectou a expansão do perfil de consumidor “Omnichannel”, uma tendência que começou a ser notada dez anos atrás e, com a pandemia, se consolidou no mercado.

“A Omnicanalidade é essa combinação do E-commerce com o varejo físico, em que um usa o melhor do outro: em uma loja física você pode fazer a compra de um produto que não está em estoque, no site da própria rede para receber em casa ou para retirar no próprio local em outro momento”, explica Eduardo Terra, Presidente da SBVC.

O presidente da associação nacional de varejo lembra do tempo em que, sem o uso de portais de compras, era necessário aos consumidores irem até as lojas físicas, esperando que o produto que buscava estivesse em estoque ali.


Além disso, clientes do E-commerce que moravam em locais mais distantes dos grandes centros de distribuição acabavam sofrendo com demoras maiores em suas entregas e valores mais salgados de frete. Hoje, o perfil de omnicanalidade ajuda os portais varejistas a melhorarem suas vendas.


Terra ainda realça a importância do investimento em Tecnologia da Informação para que o consumidor omnichannel possa ser atendido da melhor forma, tanto na Black Friday quanto no dia a dia. “A Omnicanalidade exige que você enxergue o estoque todo de maneira mais ampla. Sejada loja matriz, do E-commerce, das outras lojas, dos centros de distribuições. Além disso, preciso enxergar se o produto que está sendo comprado por um cliente está disponível na loja mais perto da casa dele, caso deseje retirá-lo ali.” Exemplifica o executivo.

Mas apesar do crescimento esperado do trânsito de acessos aos portais de compra das lojas, Terra assegura que o mercado está preparado para responder a demanda, justamente por conta da longa tradição da Black Friday no mercado brasileiro.


“Já faz alguns anos que a Black Friday é uma data do E-commerce, justamente porque funcionava como uma antecipação do Natal. Tivemos uma fase, há cerca de cinco anos, quando grandes booms de demandas levaram sites importantes a caírem durante a Black Friday. Mas desde então não escutamos relatos de problemas de panes entre os principais portais da categoria”, comenta ele.

A pesquisa também informa que os canais digitais se tornaram a principal fonte de pesquisa dos 98% de entrevistados que devem pesquisar os preços antes de efetuarem suas compras. Entre as fontes mais usadas pelos shoppers para buscarem os melhores preços estão os próprios portais das lojas (60%), sites de busca (59%) e redes sociais em geral (54%).

Eduardo Terra ressalta que, nesse contexto, as grandes empresas de E-commerce têm investido em uma série de recursos para que o consumidor continue comprando dentro da plataforma, em vez de optar por transitar mais pela internet.

“Tem muito investimento em ‘pricing’, por exemplo: São robôs que têm a função de acompanhar especialmente aqueles produtos mais críticos para o negócio, para saber se a plataforma está mantendo um preço competitivo em relação à outras. É necessário manter também ferramentas de conversão, para que, uma vez que o cliente esteja em seu site, ele possa se manter comprando ali em vez de sair para acessar outros lugares, como algum elemento que o faça comprar na hora, algo que force uma conversão imediata”.

Segurança na Black Friday

Uma outra grande preocupação dos grandes meios de varejo digital envolve a segurança dos dados dos clientes, que necessitam registrar dados pessoais e bancários para efetivar as transações. O presidente da SBVC citou alguns tipos de situações que podem colocar a integridade dos sites de E-commerce, e, portanto, as suas vendas, em risco.

“Especialmente Fraude. Ainda temos muitos casos ocorrendo todos os dias, o que exige uma proteção organizada para combater tentativas de compras fraudulentas. E há os próprios riscos de invasões, e aí falamos de tentativas de roubo dos bancos de dados dos clientes ou tentativas de derrubar servidores.”

Nesse contexto, Terra aponta que as formas de pagamento frequentemente eram vistas como um problema para atrair novos compradores no E-commerce, devido ao medo de se deixar informações tão críticas registradas nos bancos de dados dessas empresas.

“Estamos falando de cerca de 80 milhões de brasileiros que compram ou já compraram pela internet. E historicamente falando, muitas dessas pessoas não faziam essas compras por medo ou por não possuírem um cartão de crédito. Já do lado das plataformas, os boletos bancários eram uma alternativa, mas que geravam grandes perdas nas vendas, já que o consumidor frequentemente o emitia e depois desistia da compra e não pagava. Assim, A chegada do Pix foi importante para atender esse gap de consumidores, além de dar uma resposta ao risco de fraude”, conclui o executivo.