*por Ricardo Recchi
De acordo com o relatório de pesquisa conduzido pela Market Research Future (MRFR), o mercado de DevOps deve alcançar uma taxa de crescimento de 23,95% entre 2023 e 2030, com projeção para atingir aproximadamente 56,2 bilhões de dólares até o final de 2030.
Ainda nesse contexto, a Robert Half, empresa de recrutamento especializada em seleção de profissionais de média e alta gerência, realizou uma análise, em 2022, identificando que os cargos mais cobiçados e mais bem remunerados pelas empresas envolviam a função do profissional de DevOps, que se destacou como uma das mais demandadas e recompensadas na indústria de tecnologia.
Mas, por que esse papel está ganhando tamanha importância? No cenário atual de Transformação Digital, estabelecer uma cultura DevOps tornou-se crucial para qualquer empresa de tecnologia que almeje prosperar no mercado. Isso porque a abordagem DevOps é uma sincronização contínua e colaborativa entre o desenvolvimento de software e a operação, visando criar um ambiente que permita a colaboração entre desenvolvedores e profissionais operacionais para entregar sistemas de maneira ágil e eficiente.
Contudo, o conceito de DevOps não deve ser limitado a uma simples operação empresarial, mas sim compreendido como uma filosofia que otimiza tanto o processo de desenvolvimento quanto a entrega do produto, assegurando a segurança e a escalabilidade das aplicações. Portanto, essa cultura ainda enfatiza a automação de procedimentos, a monitorização de desempenho do software e a constante melhoria na prestação de serviços, trazendo benefícios para clientes, que poderão receber seus produtos o quanto antes.
Por isso, para assegurar o pleno funcionamento dessa abordagem, a incorporação de práticas ágeis de programação é essencial. Elas incluem o desenvolvimento de soluções orientado a testes, a integração de todos os processos, as entregas de serviços contínuas, bem como a automação por meio de ferramentas dedicadas, como instrumentos de gerenciamento de configuração e implantação de infraestrutura. Outra parte importante que está presente na cultura DevOps é tornar o produto escalável no que diz respeito ao número de usuários, além de garantir o funcionamento do servidor mesmo com o crescimento de acessos.
Nesse contexto, as ferramentas Low-Code se tornam uma grande aliada para a construção do ciclo DevOps, pois elas permitem a integração de todos os processos da área e contribuem para a produtividade e a otimização do tempo da equipe. Além disso, por permitir um desenvolvimento automatizado e contar com recursos de inteligência artificial, o Low-Code possibilita a criação de sistemas de maneira mais ágil, escalável, segura e com redução de custos. Essa tecnologia também se destaca por sua curva de aprendizado acessível, o que reduz significativamente o tempo de criação de aplicativos e os custos associados à programação.
A realidade é que a tecnologia Low-Code pode, e muito, contribuir para a construção do ciclo DevOps, tornando os processos mais automatizados e otimizados, além de facilitar a integração do projeto, assim como a execução de testes, as verificações de segurança, o empacotamento binário e a atualização de sistemas. Em última análise, a sinergia entre DevOps e Low-Code reforça a agilidade e a eficiência do desenvolvimento de software na era digital, que segue em constante evolução.
*Ricardo Recchi é country manager da Genexus Brasil, Portugal e Cabo Verde