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De assistentes a agentes: a nova era da Inteligência Artificial

De assistentes a agentes: a nova era da Inteligência Artificial

Embora os conceitos estejam relacionados, assistentes e agentes de IA possuem diferenças fundamentais em termos de propósito, funcionalidade e aplicação. Porém, a integração de ambos os conceitos deve se tornar cada vez mais comum, unindo reatividade e proatividade em soluções híbridas que atendam a um amplo espectro de necessidades

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Por Ricardo Recchi*

 

A Inteligência Artificial (IA) vem alcançando patamares cada vez mais elevados, principalmente, dentro das empresas. Com ganho de produtividade, automação e flexibilidade, a tecnologia virou uma realidade nas companhias e o que antes era usado apenas para processos pontuais, hoje apoia tarefas complexas, como planejamento estratégico ou análise de resultado.

 

Nesse cenário, os assistentes e os agentes de IA se destacam como tendências que prometem moldar o futuro nos próximos anos. De acordo com análises do Gartner, até 2028, cerca de 15% das decisões rotineiras nas empresas serão tomadas de forma autônoma por agentes de IA.

 

Embora os conceitos estejam relacionados, assistentes e agentes de IA possuem diferenças fundamentais em termos de propósito, funcionalidade e aplicação. Os ‘assistentes de IA’ são projetados para tarefas específicas e diretas, funcionando como ferramentas que auxiliam usuários em atividades como criação de textos, e-mails ou gestão de agenda.

 

Exemplos de assistentes amplamente conhecidos incluem Siri, Google Assistant e chatbots corporativos. Com uma abordagem reativa, esses sistemas dependem de comandos explícitos e crescem cada vez mais. O mercado global de assistentes virtuais foi avaliado em US$ 11 bilhões em 2023, com previsão de crescimento anual composto (CAGR) de 24% até 2030, impulsionado pela adoção em serviços de atendimento ao cliente e suporte técnico, segundo o Grand View Research.

 

Já os ‘agentes de IA’, são mais sofisticados e possuem uma abordagem proativa. Eles são projetados para tomar decisões de forma autônoma, aprendendo e se adaptando ao contexto em que estão inseridos. Um agente de IA pode monitorar ambientes, detectar padrões, prever cenários e até agir por conta própria para atingir objetivos pré-definidos, mesmo sem uma interação direta do usuário.

 

Por exemplo, um agente de IA em uma fábrica pode gerenciar a produção ajustando máquinas automaticamente para otimizar a eficiência, enquanto no e-commerce ele pode personalizar ofertas para clientes com base em seu comportamento. Além disso, a tecnologia vem ganhando espaço, já que o mercado de agentes de IA tem atraído grande interesse financeiro, com startups da área recebendo mais de US$ 8 bilhões em investimentos nos últimos 12 meses, segundo dados da Pitch Book.

 

Com a evolução contínua da tecnologia, é provável que a integração de ambos os conceitos se torne cada vez mais comum, unindo reatividade e proatividade em soluções híbridas que atendam a um amplo espectro de necessidades empresariais. Empresas que adotarem essas tecnologias de forma estratégica estarão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios de um mercado em constante evolução, alavancando o potencial da IA para inovar, crescer e se adaptar às demandas.

 

*Ricardo Recchi é country manager Brasil, Portugal e Cabo Verde da Genexus by Globant

 

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