A CPFL Energia é um dos maiores grupos privados do setor elétrico brasileiro, com 14,3% do mercado nacional de distribuição. Para manter a excelência da sua operação, a companhia escolheu a NEORIS como parceira na implementação de um grande projeto de internet das coisas. Com o intuito de reduzir custos, melhorar a qualidade das telemedições e ajudar no controle da distribuição de energia elétrica, a CPFL introduziu o projeto de smart grid Tauron, que começou a ser estruturado em 2012 e terminou de ser implementado em 2015.
O projeto Tauron foi dividido em três áreas: campo, automatização de medição da operação e telemedição. A NEORIS participou da última fase, quando foram inseridos medidores inteligentes em cada um dos clientes de alta tensão da CPFL. Esses dispositivos permitem transmitir diversas informações por vários métodos, que chegam ao sistema sem intermediários e viabilizam medições a cada cinco minutos.
A primeira fase da implementação alcançou 26 mil clientes industriais e comerciais, que representam cerca de 30% da receita de distribuição do Grupo. “Foi uma implantação bastante complexa, até pela quantidade de integrações que tivemos que fazer. Vai desde a integração com as plataformas de coletas de dados, que são processados nos Estados Unidos, numa cloud privada; depois, essa informação vem para a central de processamento no datacenter do Brasil, no sistema de MDM (master data management). Essa solução, por sua vez, é integrada no nosso sistema de billing, até chegar à parte de faturamento”, explica o CIO da CPFL Energia, Marcelo Carreras.
Antes do projeto, a medição era feita de forma manual, com as equipes da CPFL se deslocando para fazer a leitura dos medidores com coletores de dados. As informações captadas eram processadas e enviadas para a central, que as integrava no sistema de billing. Esse processo demorava entre 24 e 48 horas, e além da ocorrência de erros, acarretava em muitos gastos com equipe.
O projeto permitiu a implementação de um portal, no qual o cliente consegue acessar informações de consumo e curva de carga. A CPFL já está estruturando a ferramenta para que os clientes residenciais também possam ser alcançados. O prazo para estender o projeto a outros dois milhões de consumidores é de cinco anos.
A ampliação da rede ainda permite o suporte de outros serviços, como automatização de semáforos e iluminação pública. “Uma série de produtos e utilizações pode surgir na sequência, uma vez que já temos a plataforma estabelecida”, completa o CIO da CPFL. Cada medição pode ter distintas tarifas, dependendo do horário. Esse sistema permite à CPFL conseguir esses diferenciais e aproveitar ao máximo todos os âmbitos regulatórios que a Aneel, de alguma forma, viabiliza para a distribuição.
