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Consolidação de tecnologias e disrupções foram tendências em 2022 e devem pautar 2023

Consolidação de tecnologias e disrupções foram tendências em 2022 e devem pautar 2023

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O mercado de TI assistiu ao estabelecimento de tecnologias em larga escala através da IA, da Nuvem e do 5G. Para o próximo ano, desenvolvimento nos setores de XaaS e computação quântica irão aquecer os investimentos no setor

A virada de ano se aproxima, e com ela, empresas e consultorias iniciam seus trabalhos para organizar balanços e análises dos últimos doze meses, possibilitando pautar as tomadas de decisão dos grandes executivos da área de Tecnologia da Informação para o período seguinte. Assim, durante todo 2022, especialistas se debruçaram sobre as dinâmicas do mercado buscando compreender as melhores tendências para os negócios florescerem.

Nesse contexto, considerando que o mercado ainda foi obrigado a lidar com os últimos resquícios da pandemia de COVID-19, os processos de transformação e disrupção digital continuaram a todo o vapor, mesmo com o retorno gradativo das atividades cotidianas de antes. Em pesquisa de benchmarking promovida pela consultoria Bain & Company, 70% das empresas participantes afirmaram que já estão passando por uma disrupção digital significativa e 85% acreditam que esse cenário manterá seu ritmo acelerado não só em 2023, mas nos próximos cinco anos.

Ainda segundo a consultoria, outras motivações para a manutenção desse processo disruptivo foram o crescimento da turbulência geopolítica e econômica, a emergência climática e a pressão por iniciativas de ESG. Com isso, a Bain preservou a recomendação de manter o foco na transformação digital.

As Tecnologias de 2022

Ao longo do ano, uma série de soluções e tecnologias passaram a ocupar o papel de prioridade dentro das organizações. Entre elas estão a Inteligência Artificial e as aplicações de várias modalidades de nuvem.

No caso da primeira, análises entendem que se tornou um setor da TI que não somente se consolidou no mercado, como assistiu um processo de expansão de sua gestão nas mais variadas verticais da economia. Em estudo conduzido pela Morning Consult e encomendada pela IBM aponta-se um crescimento importante da adoção da IA no cenário global.

No caso do Brasil, essa implementação ativa alcançou 41% das empresas e foi motivada especialmente pela acessibilidade maior da tecnologia, segundo 56% da amostragem de tomadores de decisão; pela crescente incorporação em aplicativos de negócios padrão (segundo 46%); e pela necessidade de redução de custos e automatização de processos-chave (39%).

Uma grande demonstração disso partiu do mercado financeiro. Em pesquisa feita pela parceria FEBRABAN e Deloitte, considerando uma expectativa para o ano de gastos em TI no setor bancário na ordem de R$ 35 bilhões, a Inteligência Artificial ficou entre as três grandes prioridades dos bancos, ao lado de Cloud e Cibersegurança.

A tecnologia no setor bancário também estava no radar do Gartner. Para a consultoria, a partir desse ano, a IA em sua modalidade generativa – capaz de gerar soluções de receita para negócios no curto prazo – poderia ser aplicada em métodos de detecção de fraudes, modelagem de fatores de risco e previsões de negociação.

Da mesma forma, a aplicação das várias modalidades de nuvem alcançou patamares novos no país. Empresas do ramo passaram a ver aqui um foco novo de desenvolvimento de seus negócios. É o caso da SAS, que, em parceria com a Microsoft Azure, lançou uma nova solução dentro da área de plataformas analíticas e de interpretação de dados em nuvem. Já a vmware, em evento inédito no Brasil, anunciou novos projetos e parcerias com empresas de atividade nacional.

A chegada do 5G é o que tem possibilitado a expansão desses mercados de TI. Inclusive, a própria rede de dados tornou-se uma tendência entre as companhias, cada uma com suas próprias demandas e necessidades: É o caso da vertical de varejo, que acompanhou o crescimento de vendas de smartphones e aparelhos de telecomunicação conectados à nova rede de banda larga. Além disso, a tecnologia foi essencial para a progressão das vendas durante datas importantes, como a Black Friday, em um cenário de alteração do perfil dos consumidores, mais omnicanalizados.

Outra área bastante impactada pela chegada do 5G foi a Saúde, que ainda contou com a gradativa aplicação do Open Health no país. A união desses dois fatores tem a perspectiva de fornecer integração de dados médicos em tempo real entre as mais variadas redes de tratamento clínico em atuação no Brasil.

XaaS e Quantum para 2023

Diante de todas as mudanças vistas em 2022, foi possível às empresas traçarem estratégias e planejamentos de seus próximos passos, não só para o ano que vem, como para os seguintes dessa década.

O próprio Gartner, em sua lista de previsões e estratégias para 2023 e além, pontuou alertas a respeito do mercado. Entre eles está a necessidade de pensar usos mais sustentáveis de tecnologias como a IA, de forma a compensar o consumo de eletricidade delas. A consultoria também diz que o cenário de fornecedores de Ecossistemas de Cloud devem se consolidar em 30% até 2025, o que deve levar à diminuição do mercado de agregadores e terceiros nos ambientes de nuvem.

Entretanto, estimativas de empresas como a Veritas Technologies vão em sentido inverso: que a adoção cada vez maior de arquiteturas multicloud devem levar empresas a transferir a responsabilidade pelo ambiente a parceiros terceirizados e especializados nesse tipo de serviço. Esse movimento tem como objetivo eliminar parte da carga de se manter arquiteturas complexas sem perder o controle sobre os dados.

Além disso, o vice-presidente LATAM da Veritas Technologies, Gustavo Leite, Apontou para a tendência de surgimento de novas companhias já nascidas no ambiente de nuvem e que, portanto, estão mais inclinadas a adotar Systems as a Service (SaaS). Esse processo de SaaSificação, como foi apontada, deve continuar avançando em 2023 e deve levar revendedores a fornecer gerenciamento contínuo e serviços cada vez mais estratégicos.

Análise do IDC segue pela mesma linha a respeito dos produtos as a Service. Segundo estudo regional focado no mercado latino-americano, o IDC FutureScape Worldwide IT Industry 2023 Predictions, o segmento de aaS deve ter uma expansão de 35% no subcontinente no próximo ano, ainda que se viva um cenário de recessão média nas economias da América Latina.

Essa não será a única novidade para o mercado de TI em 2023. Alguns players do mercado, inclusive, já apontam para o começo de algumas tecnologias que, até o momento, estavam apenas em processo de idealização. É o caso da Computação Quântica, que segundo cálculo apresentado pela Dell Technologies, deve começar a dar seus primeiros passos no ano que vem, com organizações se mobilizando para produzir inventários detalhados de dados e oferecendo early skills aos funcionários, com vistas a aplicação de modelos de Computação Quântica já em 2026.

Nesse sentido, a Ernst & Young buscou orientar as grandes empresas de TI para que iniciassem suas trajetórias em direção ao Quantum imediatamente, através de 5 tópicos importantes: Reorganização e exploração de possibilidades para a tecnologia no planejamento empresarial; criação de projetos-piloto para a Computação Quântica; o fortalecimento de ciberdefesas adequadas; desenvolvimento de ecossistemas de quantum para parceiros; e análise de perspectivas futuras para o melhor momento da disrupção da tecnologia no futuro.