Pesquisa feita pela SmC+ em parceria com a Salesforce oferece novos insights para que os países latino-americanos desenvolvam processos digitais com eficiência e responsabilidade, segundo suas próprias culturas. De acordo com CEO, as inovações devem alcançar a região respeitando os valores fundamentais mantidos por cada país
Foi apresentado hoje (31), o novo estudo “Um olhar da América Latina para o uso responsável das novas tecnologias”, fruto da parceria entre SmC+ e Salesforce. Segundo a análise, existe no subcontinente uma grande oportunidade de desenvolvimento do mercado de TI em relação à aplicabilidade na vida dos cidadãos. Mas isso se dará da melhor forma apenas se empresas, governos e usuários adotarem políticas para definir os melhores usos da digitalização.
Dessa forma, propõe-se a todos os atores envolvidos nesses processos aplicar quatro linhas de trabalho, de forma a gerar soluções que impactem positivamente a vida das pessoas. Essas linhas tratam de confiança na integridade dos dados; incentivo ao aprendizado aos novos nativos digitais; promover processos de inclusão de usuários em infraestruturas desenvolvidas e o estabelecimento de uma cultura de dados sólida, capaz de potencializar a economia do conhecimento.
“Acreditamos que essa precisa ser a agenda para a América Latina seguir em frente nesse processo de digitalização. Esses avanços precisam ser baseados em confiança, inclusão, políticas eficientes no campo do conhecimento e equilíbrio entre inovação e regulamentação, permitindo ao subcontinente crescer em termos de saúde, alfabetização, produtividade, entre outros”, explicou Sebastián Cabello, CEO da SmC+ e porta-voz do paper, em entrevista à Decision Report.
Para que essas propostas sejam alcançadas, o estudo propõe à Tecnologia da Informação seguir uma série de princípios transversais a todas as verticais em busca de um uso ético das inovações, respondendo às tradições e demandas das sociedades latino-americanas.
Segundo Cabello, é necessário que esses novos produtos tecnológicos sejam obedientes às regulações estabelecidas pelos governos locais, estabelecidas segundo a cultura jurídica e social de cada país. Portanto, as inovações precisam ser criadas à luz das realidades latino-americanas. Além disso, elas precisam contar com a devida representatividade de todos os níveis e classes sociais, buscando minimizar as desigualdades existentes.
As propostas, objetivos e usos das tecnologias inovadoras também necessitam de transparência e segurança para que seus usuários possam fornecer seus dados sem medo de estarem sendo aplicadas fora do que foi autorizado. Por isso, as companhias devem se atentar para a abertura de prestações de contas ao público, bem como dar garantias da devida proteção dessas informações críticas.
“Nesses quatro tópicos tentamos sumarizar todos os aspectos importantes sobre a inovação tecnológica no mercado regional. Elas devem orientar a forma de atuar das companhias líderes nas inovações do mercado. São propostas importantes para se colocar os seres humanos no centro da discussão sobre uso das tecnologias, evitando que elas simplesmente se desenvolvam por si mesmas”, comentou Cabello.
O paper sugere, por fim, que se desenvolvam planejamentos éticos desde a concepção do novo recurso, contando com times diversificados e capacitados, análises externas de impacto e estabelecimento de níveis mínimos para lançamento desse produto. Depois de lançado o produto, os clientes oferecerão seus feedbacks a respeito de usos éticos, de forma a saber se eles estão sendo eficazes.