Edit Content

Menu

shutterstock_90670027_Michelangelus

Computação quântica deve impactar mercado nas próximas décadas

Computação quântica deve impactar mercado nas próximas décadas

Minsait, uma companhia da Indra, destaca benefícios e desafios dessa nova tecnologia, mostrando que sua adoção será muito mais rápida do que se imagina; vantagens estão ligadas à área de pesquisa e desenvolvimento, que poderá apresentar cada vez mais soluções em tempo recorde

Compartilhar:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

Falar de “computação quântica” nos dias atuais é quase como pensar em ficção científica – à primeira vista, parece algo com funcionamento complexo e obscuro, sem perspectiva de benefícios claros dentro de muitos anos. Mas a Minsait, uma companhia da Indra, aponta que essa percepção está longe de ser verdadeira. Na verdade, essa tecnologia terá impactos claros no nosso dia a dia nos próximos 10 a 20 anos.

 

A tendência apontada pela Minsait, empresa de consultoria de transformação digital, está baseada na velocidade exponencial de adoção de novas tecnologias na sociedade atual e nos avanços constantes a que se dedicam as grandes empresas do setor tecnológico. “Entendemos que os benefícios gerados com a adoção do computador quântico serão fundamentais principalmente na área de pesquisa e desenvolvimento, especialmente quando aplicado para resolver um problema em um tempo muito curto, como simular e otimizar processos como a construção de aviões mais seguros, projetar modelos econômicos, otimizar sistemas de inteligência artificial, ou simular todo tipo de moléculas, o que nos permitirá descobrir novos materiais, ou desenvolver novos remédios”, afirma Wander Cunha, head da Minsait no Brasil.

 

E por que não estamos usando a computação quântica?

 

Obter todas essas vantagens tem um preço significativo. A Minsait aponta dois desafios fundamentais para serem resolvidos até à adoção eficaz do computador quântico em massa: superar condições físicas e garantir cibersegurança das informações contidas nos qubits.

 

Em relação ao primeiro tópico, é necessário lembrar que, para garantir o funcionamento de um computador quântico, é necessário que as temperaturas sejam inferiores a um grau kelvin (-272,15°C) e sem interferências externas.

 

Além disso, a complexidade de assegurar que a informação contida em um qubit físico não mude de forma imprevista também representa um obstáculo que ainda não foi superado. “A mera interação com o computador quântico produz essas instabilidades, o que torna muito complexo realizar cálculos e recuperar os resultados de maneira estável”, afirma Cunha.

 

Essa mudança rápida gera outra preocupação: cibersegurança. Muita gente se preocupa com o fato de que, devido à massiva capacidade de processamento dos computadores quânticos, uma grande parte dos sistemas criptográficos que asseguram a transmissão de informação hoje em dia se tornassem obsoletos – já que a limitação de custo e tempo poderia deixar de ser um problema para os computadores quânticos, comprometendo uma grande quantidade de informação sigilosa.

 

De acordo com a Minsait, hoje já existem projetos que visam desenhar os primeiros sistemas criptográficos resistentes contra tecnologia de computação quântica. “A China já está realizando seus primeiros testes com essa nova tecnologia, a qual permite utilizar partículas subatômicas para transmitir informação entre pontos distantes de maneira imediata e segura utilizando princípios quânticos. Com essa tecnologia já não seria necessária a criptografia tradicional, já que a transmissão de informação seria imediata”, destaca Cunha.