Estudo da GlobalData revela que 2020 foi o ano de grande salto para a cloud, movimentando US$4,6 bilhões, um crescimento de 228% quando comparado aos últimos cinco anos
Um levantamento realizado pela GlobalData apontou que em 2020, o mercado de nuvem na América Latina fechou em US$ 4,6 bilhões, um crescimento de 228% se comparado aos últimos cinco anos. Até 2025, esse setor deverá chegar a US$ 11 bilhões, com receita acumulada de US$ 41,1 bilhões.
“Muito desse cenário vai ao encontro das recentes digitalizações das empresas e alinhado a adoção de novas tecnologias como Inteligência Artificial, IoT e Machine Learning. Além disso, a tendência que já se iniciou há alguns anos no ambiente multicloud e híbrído deve continuar e a cloud poderá ser um impulsionadora de mercado, ganhando escala em todo mundo”, comenta Marcelo Kawanami, Diretor de Consultoria para as Américas na GlobalData, durante coletiva de imprensa realizada ontem (10) em São Paulo.
Em 2015, ano em que a GlobalData começou a publicar o relatório de computação em nuvem na região da América Latina, o mercado valia US$ 1,4 bilhão. Em 2016, cresceu para US$ 1,8 bilhão, seguido de 2017 (US$ 2,3), 2018 (US$ 2.9), 2019 (US$ 3.7), 2020 (US$ 4.6), 2021 (US$ 5.8) e por fim, 2022 valendo US$ 6.9 Bilhões.
Dentre os setores que mais usam a cloud o destaque é o Varejo. Um segmento em constante evolução, principalmente no sentido de multicanalidade e comércio eletrônico. Com o início da pandemia, em 2020, o Varejo viu as vendas crescerem ainda mais no modelo online, exigindo mais poder computacional. Neste cenário, o estudo aponta que muitos varejistas recorreram à computação em nuvem para fomentar as suas capacidades para se transformarem e melhorar a jornada de compra do cliente.
O setor bancário também passou por grandes transformações nos últimos anos. O movimento percebido pela pesquisa aponta adoção de computação em nuvem híbrida, com a finalidade de acompanhar o crescimento constante das startups e fintechs.
Assim como o Varejo, as instituições financeiras lidam diariamente com grande volume de dados, tanto as tradicionais quanto as que já nasceram digitais. Nesse sentido, a pesquisa aponta que a computação em nuvem veio como um facilitador chave para os processos de negócio.
O levantamento indica também que os clientes das instituições financeiras da América Latina, especificamente no Brasil, estão muito abertos a mudar o sistema bancário para alternativas prestadores. 39% dos entrevistados entre 18 e 44 anos anos de idade declararam preferência por um provedor alternativo para suas transações bancárias e contas de poupança.
Já o setor de Saúde gera uma grande quantidade de dados sob a forma de notas médicas e relatórios. O uso adequado da análise de dados pode oferecer às organizações informações valiosas para melhorar seus modelos de negócios e aumentar a eficiência, além da tomada de decisões de maneira rápida e eficaz.
Nos últimos cinco anos, o setor de saúde latino-americano setor observou um rápido processo de digitalização – como referência, dentro da IoT. A região teve uma das taxas de crescimento mais rápidas em todo o mundo e até 2025, estima-se que a receita de software de dados e análise no Setor de Saúde deve alcançar US$ 136 milhões.
