No mercado de tecnologia, muitas vezes, focamos nos últimos lançamentos de produtos e serviços, quando, na verdade, deveríamos nos concentrar em descobrir se oferecemos, de fato, resultados aos negócios.
Muitas tecnologias contribuem para uma mudança transformadora quando implementadas adequadamente. Um exemplo é a Inteligência Artificial e, em particular, o machine learning avançado: quando aplicado de forma eficaz, é uma maneira poderosa de melhorar os processos existentes e, ocasionalmente, abrir novas oportunidades de negócios auxiliando em qual estratégia seguir.
Entretanto, para aproveitar ao máximo essa tecnologia, é necessário começar a identificar os desafios de negócios que a empresa pode enfrentar e encontrar a ferramenta ideal para definir a melhor estratégia. É o caso do deep learning por meio do reconhecimento de imagens. A ferramenta tem se destacado em muitas empresas por suas aplicações potenciais extremamente amplas. No setor de varejo, por exemplo, o reconhecimento de imagem tem um papel importante – por meio da adição de uma camada de inteligência, a ferramenta reduz o número de fraudes. Os fabricantes também enxergam a análise de imagens extremamente útil – não apenas para aprimorar processos, mas também para analisar logs e fluxos de vídeo, por exemplo, para estabelecer sistemas de manutenção preventiva.
De fato, uma análise de imagem baseada em deep learning pode ajudar praticamente qualquer organização a resolver problemas, incluindo muitos que eles provavelmente ainda desconhecem. Na medicina, essa tecnologia pode ser utilizada para identificar anomalias em varreduras, desde ressonâncias magnéticas completas ou até mesmo células individuais. O setor financeiro também aproveita algumas oportunidades de IA: desde bancos de varejo, responsáveis por desenvolver sistemas baseados em conhecimento que substituirão subscritores de seguro, às empresas, que criam redes neurais capazes de auditar um livro distribuído.
Outra tendência que muda as plataformas disponíveis hoje em dia é a de termos tudo definido por software. Onde antes comprávamos funcionalidades como firewalls, detecção de intrusão ou switches como dispositivos, agora podemos adquirir esse tipo de funcionalidade como um software e executado com a capacidade de servidor sobressalente. Isso já levou à criação de infraestruturas hiperconvergentes e, com o tempo, também contribuirá para mudanças com relação ao próprio software. A crescente disponibilidade de códigos abertos também terá um papel importante, já que permite desenvolvimento adicional.
Se podemos afirmar algo, é que a mudança continuará. Nunca haverá um “momento certo” melhor do que agora. É preciso ter em mente que, durante o desenvolvimento, as empresas devem certificar-se de que todos os elementos selecionados são compatíveis com o que ainda pode surgir no mercado. Em outras palavras, se você investe em uma solução proprietária que não segue os padrões do setor, corre o risco de ficar preso.
* Glenn Fitzgerald é estrategista de tecnologia da Fujitsu