Em um trabalho envolvendo robótica, programação e os recursos de reconhecimento de imagens da Microsoft, um grupo de estudantes do Ensino Médio teve a ideia de utilizar inteligência artificial (IA) para auxiliar no tratamento oncológico de crianças em um dos principais hospitais da região. A “Roboterapia”, como foi batizada a iniciativa, reconhece os sentimentos dos pacientes e então a IA conta histórias de superação para aumentar a autoestima das crianças.
Para chegar a esse resultado, a instituição adquiriu um robô chamado de NAO, que conta aos pacientes a sua própria história de vida, construída para gerar identificação com as crianças e ganhar a sua confiança. Além de oferecer uma referência positiva a esses pacientes, o robô coleta imagens de cada interação, sempre priorizando a privacidade e anonimato de cada criança. Com esses dados, as imagens são, então, analisadas pela IA da Microsoft, que aponta o sentimento predominante em cada paciente antes e depois do tratamento.
“Com o projeto de Roboterapia, conseguimos ajudar essas crianças em tratamento oncológico com histórias de superação. Para isso, foi criada a história de que este robô veio de outra galáxia para contar como ele se curou de uma doença em seu mundo natal, dizendo que, assim como ele, as crianças também poderiam se curar da doença”, explica Jorge Raniere, Direito de TI e Inovação da instituição. “Todo esse trabalho se torna ainda mais interessante por ter partido de um grupo de estudantes do Ensino Médio. Com o uso de tecnologia no dia a dia do Colégio, oferecemos as ferramentas pedagógicas necessárias para que os alunos reflitam e encontrem aplicações da tecnologia em problemas reais, como é o exemplo do uso de IA na Roboterapia”, continua Raniere.
O projeto da Roboterapia é fruto de um esforço da instituição iniciado há alguns anos, com a introdução da tecnologia na sala de aula. “Desde 1995 trabalhamos com tecnologia dentro do Colégio Paraíso e somos a primeira escola do Ceará a ter um laboratório maker à disposição dos estudantes. O resultado disso é que não ficamos restritos ao conhecimento teórico, mas estimulamos em cada aluno o trabalho prático com a tecnologia”, conta Raniere.
A adoção de tecnologias da Microsoft, como o MakeCode e o Minecraft para Educação, auxiliou no desenvolvimento de projetos inovadores dentro do Colégio Paraíso. “Na Microsoft, temos o compromisso de empoderar pessoas a atingirem mais. Para isso, temos um forte trabalho em educação para criar as ferramentas necessárias para que estudantes de todo o mundo tirem os seus projetos do papel e ao mesmo tempo possam desenvolver as habilidades que serão cada vez mais exigidas no futuro”, afirma Vera Cabral, diretora de educação da Microsoft Brasil.
O pensamento computacional desenvolvido na instituição, aliado às ferramentas educacionais da Microsoft usadas pelos alunos, proporcionou diversas conquistas ao Colégio Paraíso, especialmente no campo da robótica. O que começou com a construção de mecanismos simples dentro do Espaço Maker, utilizando sucata de aparelhos obsoletos que os alunos tinham em casa, resultou na criação de projetos premiados pela World Robotic Olimpiad (WRO) e First LEGO League. Ao longo de 2019, estudantes utilizarão o robô NAO e a IA Microsoft para auxiliar no tratamento de crianças com autismo no colégio. O Colégio Paraíso também faz parte do grupo de Showcase Schools da Microsoft, formado por instituições de todo o mundo que se destacam pelo uso de tecnologia no ensino.