Um novo estudo global do IBM Institute for Business Value, ‘CEO decision making in the age of AI, Act with intention’, aponta que os CEOs brasileiros enfrentam desafios relacionados à gestão de dados das suas companhias, incluindo cálculos pouco claros (44%) e a dificuldade de identificar insights significativos desses dados (41%) – ambos resultados acima da média global. Além disso, 71% dos entrevistados no País acreditam que eliminar a distância entre os dados e os tomadores de decisão é mais importante do que alterar onde as decisões ocorrem.
Entre as ações cruciais para melhorar a forma que se mede o desempenho de uma organização, os CEOs brasileiros mais uma vez colocaram a importância dos dados no topo da lista: a padronização dos processos de coleta de dados e relatórios (44%), promoção de uma cultura orientada por dados ou data driven (40%) e geração de melhorias nas plataformas de dados (39%) foram as três principais escolhas dos executivos nacionais – e com percentuais acima das médias globais registradas pela pesquisa.
O estudo mostra também que, mesmo com as dificuldades de lidar com os dados gerados nas companhias, 76% dos CEOs que atuam no País confiam nos dados operacionais internos como principal fonte para a tomada de decisões estratégicas. “Hoje, pensando em uma jornada de IA generativa para negócios, vale dizer que já é possível se conectar aos dados em minutos, obter insights confiáveis de forma rápida e ainda reduzir custos de armazenamento. Portanto, estamos presenciando esta capacidade de gerir e extrair insights significativos dos dados se tornar muito mais eficiente”, explica Marco Kalil, líder de IBM Consulting no Brasil.
IA como propulsora para tomadas de decisão
Ao mesmo tempo em que se verifica uma evolução tecnológica clara na forma de lidar com os dados, os CEOs entrevistados no Brasil consideram a computação em nuvem (60%) e o boom da Inteligência Artificial dentro das empresas, incluindo a IA generativa (56%), os dois pilares fundamentais para a conquista de resultados nos próximos três anos. Além disso, 65% dos executivos do País afirmam possuir um plano claro acerca do papel que a IA avançada desempenhará nas tomadas de decisão das empresas em cinco anos.
“Líderes corporativos de todo o mundo estão aproveitando a onda da IA generativa, e a América Latina não é exceção. É por isso que a modernização da tecnologia continua sendo uma prioridade para os CEOs da região, pois metade deles está apostando na IA como um facilitador essencial para entregar resultados”, diz Kalil. “No entanto, as organizações ainda enfrentam obstáculos significativos quando se trata de implementar a IA, e estamos vendo os CEOs confiarem cada vez mais em seus líderes de tecnologia como tomadores de decisões estratégicas”, complementa o líder de IBM Consulting no Brasil.
Outros destaques do estudo
O novo estudo da IBM aponta ainda quais executivos estão ajudando os CEOs brasileiros nas tomadas de decisão e os desafios que eles esperam para suas organizações nos próximos anos:
• Mais da metade dos CEOs brasileiros (53%) identifica a modernização tecnológica como sua principal prioridade de negócios, seguida pela segurança cibernética e privacidade de dados (49%), além da produtividade (44%);
• Quando perguntados sobre quais executivos C-level tomarão as decisões mais cruciais nos próximos três anos, os CEOs brasileiros colocaram os COOs (63%) e os CFOs (49%) no topo da lista;
• Sustentabilidade ambiental (43%), cibersegurança e privacidade de dados (33%) e modernização tecnológica (28%) são apontados como os maiores desafios para as companhias brasileiras no próximo triênio.
• A influência dos líderes de tecnologia nas tomadas de decisão está crescendo: 34% dos CEOs brasileiros apontam os CIOs (acima dos 19% de um ano atrás) e 27% apontam os diretores de tecnologia ou diretores digitais como aqueles que tomam as decisões mais importantes em suas organizações.