O estado de São Paulo começou agora a emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), substituindo o antigo Registro Geral (RG). Este novo documento centraliza todas as informações de identificação em um único número, o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), visando reduzir fraudes e modernizar o sistema de identificação no Brasil. A mudança faz parte de um esforço do governo para digitalizar e unificar dados, facilitando o acesso e a gestão das informações pelos cidadãos e instituições governamentais.
A CIN incorpora tecnologias avançadas como criptografia e biometria para aumentar a segurança. Cada carteira possui um QR Code, que permite verificar sua autenticidade e se foi extraviada ou roubada. Além disso, há uma versão digital disponível no aplicativo GOV.BR, proporcionando maior praticidade e segurança aos cidadãos.
O principal objetivo da nova identidade é aumentar a segurança e a eficiência no uso de serviços públicos. Na visão de Guilherme Guimarães, Advogado e Sócio fundador do Guilherme Guimarães Advogados Associados e da Datalege Consultoria Empresarial, esse passo coloca o Brasil em linha com padrões internacionais de inovação, digitalização, segurança e identificação.
“A unificação de informações em um único documento não apenas aumenta a segurança contra fraudes, mas também melhora a praticidade para os cidadãos, permitindo um acesso mais seguro e eficiente aos serviços públicos e privados”, diz o executivo. Ele acrescenta que a integração de múltiplos sistemas de identificação torna a falsificação mais difícil, garantindo maior proteção aos dados pessoais dos cidadãos.
Desafios de interoperabilidade
Apesar dos benefícios, a implementação da CIN enfrenta desafios. A infraestrutura tecnológica precisa ser adequada em todo o país para garantir a interoperabilidade entre diferentes sistemas e bases de dados. Guimarães ressalta a importância da conscientização da população sobre a segurança dos dados pessoais e o uso correto da nova identidade. Ele também menciona a necessidade de alinhar todos os órgãos e instituições com as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para assegurar a proteção dos dados dos cidadãos.
Segundo Guimarães, futuramente, outros documentos podem ser concentrados na plataforma Gov.br, seguindo a tendência de digitalização e centralização das informações para facilitar o acesso e a gestão dos dados pelos cidadãos e pelo setor governamental. “A interoperabilidade entre sistemas municipais, estaduais e federais será essencial para garantir que a nova identidade funcione sem problemas em todas as regiões do Brasil, proporcionando uma experiência uniforme e eficiente para todos os cidadãos”, conclui.
Como emitir o documento
Os moradores de São Paulo devem procurar o Poupatempo para emitir a nova identidade. É necessário agendar uma data e horário pelo aplicativo. Para obter a CIN, o requerente deve apresentar a certidão de nascimento ou de casamento em formato físico ou digital. O documento será expedido em papel de segurança ou em cartão de policarbonato, além do formato digital.
*Com informações do G1