O Brasil possui hoje 297 EdTechs, segundo levantamento inédito realizado no mês de junho. As soluções foram divididas em 18 categorias e a maioria delas são de Curadoria Eletrônica de Conteúdos e Gestão Educacional com 12% cada; Plataformas de Ensino, de Livros e Conteúdos e de EAD, LMS, Cursos e Treinamentos, juntas, somam 13%, Novas Habilidade e Novas Propostas de Ensino, cada uma com 8%; Treinamento e Melhoria de Habilidades com 7%; além de Idiomas e Gamificação, com 5% cada e Educação Inclusiva, com quase 4%.
O mapeamento analisou um banco de dados com mais de 13 mil startups do Brasil todo e foi realizado pelo Liga Insights – plataforma que reúne conteúdos relevantes sobre inovação e startups em diversos setores – em parceria com a aceleradora Liga Ventures, Ambev, Cargill, IGC Partners e Derraik & Menezes Advogados e contou com entrevistas de empresas e instituições como Cel.Lep, IBM, ESPM e Saint Paul.
No Brasil, as EdTechs se concentram principalmente na região Sudeste, onde se concentram 74%. No aspecto de investimentos, em 2017, o mercado mundial alcançou um recorde histórico com 9,52 bilhões de dólares, que representou um aumento de 30% em relação a 2016 e beneficiou mais de 800 EdTechs ao redor do mundo. Já na visão de infraestrutura, algumas ações, inclusive do poder público, estão sendo implementadas para ampliar o poder da digitalização na educação.
Principais desafios
Segundo Raphael Augusto, responsável pelo Liga Insights, dentre os diversos segmentos estudados pela plataforma, o setor da educação talvez seja o que enfrente mais entraves quando o assunto é tecnologia. “Por se tratar de uma área com grande influência do poder público, precisamos dar uma atenção especial às burocracias dos processos para a adoção destas tecnologias vindas de startups”, analisa.
“No aspecto privado, também vemos evoluções, assim como desafios. Em um ambiente em transformação pela inovação aberta, os grandes grupos educacionais precisam incentivar o desenvolvimento destas tecnologias em consonância com o mercado”, afirma Raphael. Para ele, “as startups buscam sempre ajudar a resolver uma dor, um problema, explorar um novo modelo e novos negócios e, todos estes aspectos, são grandes oportunidades na área de educação de um país com tantas diferenças e necessidades como o Brasil”.