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Bastidores da TI: Renata Marques, CIO LATAM da Natura

Bastidores da TI: Renata Marques, CIO LATAM da Natura

A partir deste mês inauguro aqui na Decision Report minha coluna que junto com Heads de Tecnologia e Inovação vai desbravar os Bastidores da TI.

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Depois de algum tempo retomo aqui minhas conversas com os Heads de Tecnologia e Inovação de empresas dos mais variados setores da economia. Como jornalista de TI há bastante tempo tive a oportunidade de acompanhar o setor desde quando ainda era chamado de Informática, passando pelo momento em que a grande imprensa descobriu a importância da área e, a exemplo do que já acontecia lá fora, começou a abrir espaço em cadernos especiais e em suas coberturas diárias.

E aquilo que naquela época era tão debatido – a importância da tecnologia para os negócios e para a vida – hoje parece claro e permeia absolutamente tudo que nos cerca, como ficou ainda mais evidente na pandemia.

Este é um espaço para mostrar projetos onde a tecnologia fez e está fazendo a diferença por meio de relatos daqueles que conduzem estes processos inspiradores. E para inaugurá-lo, conversei com Renata Marques, CIO LATAM da Natura & Co, empresa brasileira, hoje com atuação multinacional, cuja história, por si só, já suscita muita curiosidade.

E na primeira coluna de Bastidores da TI os leitores terão oportunidade de saber que Renata entrou para dirigir a TI da Natura cerca de um mês antes de decretada a pandemia e um mês depois do anúncio oficial da compra da Avon. E não foi só, os outros ingredientes e como a executiva conduziu tudo isso você vai saber acompanhando os Bastidores da TI, coluna quinzenal que inicio este mês aqui na Decision Report. Espero vocês para juntos desbravarmos os Bastidores da TI. Até lá.

 

 

Desafios na partida

Em uma conversa deliciosa, ao menos para mim, no final da tarde de uma sexta-feira com Renata Marques, CIO LATAM da Natura &Co, ela me falou de seus projetos e realizações na empresa onde está há pouco mais de dois anos. Renata entrou na Natura em fevereiro de 2020. Se, sem saber, o ano já seria complicado por conta da pandemia e de quanto a área de TI teria de se virar para atender às novas necessidades, no caso dela este foi apenas um dos ingredientes. Renata entrou um mês antes de decretada a pandemia e um mês depois do anúncio oficial da compra da Avon, uma empresa centenária com cultura e padrões bem arraigados e bastante diferentes da Natura.

Em maio teve início a fusão dos times e, como se já não fosse trabalho suficiente, em Junho a Avon foi alvo de um ataque cibernético. Esse universo de acontecimentos fez de 2020 um ano pautado pela estruturação operacional da “nova empresa” com a consolidação de diferentes times, culturas e sistemas, estes também bem diversos. Ela explicou que foi um ano de muito planejamento em termos de sinergia. E a isso se somou toda a questão de segurança que, em função do ocorrido, ganhou uma proporção ainda maior do que já tinha.

O ano de 2021 na Natura &Co foi pautado pela execução com a integração de operações de fábricas, Centros de Distribuição, solução de consolidação financeira, de RH e vários outros. “Priorizamos a harmonização de alguns processos e soluções que traziam sinergia e gestão do grupo, sem perder o passo de acelerar a inovação da Natura”.

Renata destaca que cada marca tem sua característica e forma de atuar, Avon e Natura com venda direta e Natura, The Body Shop e AESOP com varejo. Foi o ano também de expansão da plataforma comercial de venda direta em alguns mercados na América Latina e na Malásia, na qual se baseia na jornada da consultora, como também do e-commerce, olhando para a jornada do consumidor final.

Sabemos que a Natura sempre teve seu nome aliado a dois temas: inovação e sustentabilidade. Perguntei à Renata como a empresa se situa hoje em termos de transformação digital. Prática e objetiva, ela me disse que tudo o que está relacionado ao “go to market” está no modelo Ágil, para sistemas transacionais de back office, a metodologia escolhida é waterfall ou híbrida.

Como exemplo, ela citou a Plataforma Comercial de venda direta, onde há mudanças e inovações constantes determinadas nas jornadas, o que demanda um modelo ágil operado por squads. “Em outros casos em que o escopo é bem definido e fechado não faz sentido operar com modelo Ágil”, reforçou. E completou dizendo que harmonizar e modernizar sistemas de back office e camadas de integração também acelera o tempo de o go to market de produtos digitais, como plataformas da camada de diferenciação.

A inovação está no DNA da empresa e, para a Natura, só é inovação se gerar impacto positivo. Renata citou o exemplo de uma impressora 3D de pele, altamente sofisticada, que simula a pele humana para testes dos produtos de forma eficiente. E no item Sustentabilidade e impacto social é conhecido o trabalho da Natura junto às comunidades da bio-diversidade da Amazônia que fornecem matéria-prima, estimulando o cultivo e regeneração, ajudando a manter a floresta em pé.

E destacou que existem 40 comunidades na região que geram impacto positivo para aproximadamente 9 mil famílias. “Desde o início de sua história, a Natura busca transformar desafios socioambientais em oportunidades de negócio. No DNA da companhia está presente a crença de que a empresa é um organismo vivo, cujo valor e longevidade estão ligados à capacidade de contribuir para a evolução da sociedade e o desenvolvimento sustentável” diz Renata.

E os próximos passos? Renata conta que Data & Analytics é uma agenda prioritária não só para a operação, mas com o objetivo de usar os algoritmos para ofertas personalizadas e também ajudar as consultoras a serem mais assertivas em suas compras e ofertas. E ela acaba de capitanear a iniciativa de criação de um grupo de trabalho de Green IT.

“Estamos focando em iniciativas relacionadas à forma de como programamos, no uso de infraestrutura e emissão CO2, parcerias responsáveis e métricas para que a TI da Natura &Co seja uma referência de mercado até 2024. E conclui com uma pergunta: você sabia que uma hora de videoconferência equivale a rodar 2 km de carro?

*Stela Lachtermacher é jornalista de TI, com atuação como editora e colunista no Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Editora Abril e diretora editorial na IT Mídia. Hoje tem sua própria empresa, a Candelabro, onde trabalha na produção de conteúdo e integra o time de parceiros da Conteúdo Digital no desenvolvimento da Coluna “Bastidores da TI” no portal Decision Report.

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