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Bastidores da TI: Cibele Fonseca, da Demarest Advocacia

Bastidores da TI: Cibele Fonseca, da Demarest Advocacia

A Bastidores da TI inicia 2023 com a conversa com Cibele Fonseca, que admiro muito e que foi mais um dos grandes contatos que a vida profissional me propiciou. Quando resolveu entrar no segmento de crimes cibernéticos, Cibele não se limitou a ler exaustivamente sobre o assunto.

Mestre em Engenharia e Ciência da Computação, decidiu cursar Direito “para entender como o meio jurídico funcional” e hoje é Diretora de TI do escritório Demarest, com sede em São Paulo. “Assim consigo falar a mesma língua, mesmo sendo de TI”, contou Cibele em nosso delicioso bate-papo que você pode ler a seguir.

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Falando a mesma língua

Quando resolveu se dedicar ao estudo de crimes cibernéticos, a então mestre em Engenharia e Ciências da Computação Cibele Fonseca não deixou por menos e, como é de seu feitio, mergulhou fundo. Tão fundo que foi cursar Direito e hoje reúne o conhecimento das duas formações em sua atuação como diretora de TI do escritório de advocacia Demarest, com sede em São Paulo e cerca de 600 funcionários.

Ela conta que tomou a decisão de realmente investir nesta segunda área porque, desta forma, é possível entender como o meio jurídico funciona. “Assim consigo falar a mesma língua, sendo de TI”, afirma. E a iniciativa tem se mostrado importante em sua atuação profissional.

Responsável pela transformação digital na empresa, Cibele conta que os primeiros passos foram olhar como funcionam os processos do escritório e estudar a jornada do cliente, fazendo uso de ferramentas como design thinking, entre outras.

Abertura para inovação já havia na empresa, de acordo com a executiva, mesmo sendo este um segmento em que a TI demorou mais a se consolidar. Mas, segundo ela, os sócios sempre enxergaram a tecnologia como estratégica.

De acordo com a executiva, entre os procedimentos que hoje fazem parte da governança de TI, a realização de reuniões semanais com as áreas de negócio permitem o acompanhamento de ambos os lados de tudo o que está sendo feito, gerando maior confiança e reciprocidade.

Cibele diz ainda que a transformação digital deu início às melhorias de processos no dia a dia do escritório e está em curso um projeto de automação, que promete um impacto muito positivo no relacionamento com os clientes. Os detalhes não podem ser divulgados por enquanto, mas seu entusiasmo mostra que será algo realmente inovador.

E não só isso, o uso de inteligência artificial e de machine learning também estão sendo avaliados em áreas que compreendem, por exemplo, jurimetria. Para aqueles que como eu desconheciam o termo, jurimetria é a disciplina do conhecimento que utiliza a metodologia estatística para investigar o funcionamento de uma ordem jurídica de acordo com Marcelo Guedes, de 2019.

Cibele acaba de participar também do livro “Mulheres na TI”, que reúne 40 profissionais falando de suas trajetórias. Ela diz que, ainda hoje, há uma cobrança muito grande dirigida às mulheres que atuam na área e que sua participação neste projeto editorial teve o objetivo de motivar outras mulheres a trabalhar com tecnologia.

O título de seu capítulo? “Resultado não tem gênero”. Atualmente, Cibele estuda também a “Utilização de IA na análise e na previsão de crimes cibernéticos no Brasil”, título de seu doutorado, em andamento na área de Engenharia e Ciência da Computação.

*Stela Lachtermacher é jornalista de TI, com atuação como editora e colunista no Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Editora Abril e diretora editorial na IT Mídia. Hoje tem sua própria empresa, a Candelabro, onde trabalha na produção de conteúdo para todas as plataformas editoriais e participa do Conselho Editorial da Decision Report.

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