O Banco Itaú está utilizando a inteligência artificial generativa (GenAI) para aprimorar a experiência do cliente e aumentar a produtividade de seus produtos. Segundo Fábio Napoli, Diretor de Tecnologia do Banco Itaú, a GenAI democratizou e simplificou o uso da inteligência artificial, tornando-se uma ferramenta essencial no cotidiano das empresas e profissionais de tecnologia.
Em um painel no evento Interconnected 2024, realizado em São Paulo pela NTT Data, Napoli destacou que o Itaú já conta com 500 modelos de inteligência artificial em uso, distribuídos em áreas estratégicas. “Hoje, qualquer empresa tem acesso e sabe a potência dessa tecnologia nos resultados,” afirmou Napoli. Ele enfatizou que o profissional do futuro precisa entender GenAI, pois essa competência será crucial no cotidiano dos negócios.
Uma pesquisa do Gartner, realizada no quarto trimestre de 2023, revelou que 29% das 644 empresas entrevistadas nos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido já implementaram GenAI, tornando-a a tecnologia de IA mais frequentemente adotada. Essa tendência superou outras soluções como técnicas de gráficos, algoritmos de otimização, sistemas baseados em regras, processamento de linguagem natural e outras formas de aprendizado de máquina.
Evandro Armelin, Líder de Data & Analytics da NTT Data, ressaltou a importância de utilizar a GenAI com responsabilidade e de preparar os colaboradores para usar essa tecnologia da melhor forma possível. “É necessário refletir como as empresas se preparam para que todos os seus colaboradores sejam capazes de usar IA generativa de maneira responsável,” completou Armelin.
A pesquisa do Gartner também destacou que o uso mais comum da GenAI é a integração em aplicativos existentes, como o Copilot for 365 da Microsoft ou o Firefly da Adobe, com 34% dos entrevistados indicando essa aplicação como principal.
Napoli finalizou apontando os desafios e responsabilidades associados à implementação da GenAI: “Tem um desafio de energia e de responsabilidade em como você consegue entregar essa tecnologia na mão do usuário final e como ele consegue ter acesso, com uso mais simples e, ao mesmo tempo, com uma responsabilidade enorme. É importante que haja uma boa reflexão e estratégia para uso responsável”, finaliza.