Mais segurança e autonomia para as pessoas com deficiência visual que utilizam cartões de pagamento – de vários tipos – em lojas, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. Esses são os principais benefícios do aplicativo móvel Pay Voice, desenvolvido pelo CPqD em parceria com a ABECS – Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, que foi lançado nesta semana, durante o 12.º Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento, realizado em São Paulo.
Disponível para smartphones com sistemas Android e iOS, o Pay Voice é uma ferramenta de acessibilidade da ABECS, que pode ser baixada gratuitamente nas lojas de aplicativos do Google e da Apple. Sua função principal é permitir que a pessoa com deficiência visual, ou grande dificuldade de enxergar, confirme o valor da transação e a forma de pagamento, antes de digitar sua senha na máquina POS (point of sale).
Para isso, após o caixa – ou atendente – inserir o cartão e digitar o valor na máquina, o usuário deve acionar o aplicativo e apontar a câmera do celular para a tela do terminal POS. Utilizando a tecnologia de visão computacional (uma área da computação cognitiva), a aplicação “lê” para o usuário as informações que estão na tela – valor e forma de pagamento (crédito, débito, parcelado, refeição, alimentação e voucher) -, por meio da integração com as ferramentas de acessibilidade TalkBack (para Android) e VoiceOver (para iOS) existentes nos smartphones.
“Trata-se de uma solução inovadora, que combina as competências do CPqD nas áreas de visão computacional e processamento de imagens, desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis e de acessibilidade”, afirma Claudinei Martins, pesquisador em Inovações Tecnológicas da organização. Ele conta que o aplicativo é o primeiro resultado de um projeto iniciado em dezembro pelo CPqD e ABECS – e que deverá se estender até o final deste ano.
Para a ABECS, entidade que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento, essa solução de acessibilidade é importante, pois vai contribuir para melhorar a qualidade de vida de consumidores que possuem algum tipo grave de deficiência visual – mais de 6 milhões de pessoas no Brasil.