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Apenas 9% dos brasileiros nunca usaram assistentes virtuais por voz

Apenas 9% dos brasileiros nunca usaram assistentes virtuais por voz

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Pesquisas realizadas pela ILUMEO mostram que, em dois anos, número de pessoas que afirmam já terem usado a tecnologia cresceu de 87% para 91%

Assistentes virtuais por voz em smartphones existem desde 2011, mas aparelhos voltados especificamente ao uso dessa tecnologia chegaram ao Brasil apenas em 2019. Poucos meses depois do Google e da Amazon lançarem seus assistentes, a ILUMEO Data Science Company, consultoria de análise de dados, apresentou estudo realizado no período entre março e julho de 2020, que indicou que 87% dos brasileiros já haviam usado assistentes de voz.

A pesquisa foi renovada, e mostra que o uso da tecnologia foi consolidado entre os brasileiros e continua em ascensão. A ILUMEO entrevistou 1.361 pessoas em todo o país em setembro de 2022, e identificou que 91% dos consumidores já usaram assistente virtual por voz. O uso cotidiano também é um grande destaque: em 2020, 18% dos usuários usavam o recurso todos os dias, e esse número subiu para 25% em dois anos.

Oportunidades para as marcas

A comodidade e a facilidade no uso dos assistentes virtuais por voz instigam os consumidores a recorrerem à tecnologia quando precisam de ajuda. 67% dos entrevistados indicaram que já pediram dicas para assistentes, e o tema mais pesquisado por eles é “clima e temperatura” (49% perguntam como está o clima aos seus aparelhos).

Há uma clara popularização dos dispositivos voltados exclusivamente para os recursos de assistência por voz: Alexa, da Amazon, teve um exponencial crescimento de awareness entre 2020 e 2022: na primeira pesquisa da ILUMEO, apenas 9% dos entrevistados a conheciam. Já em 2022, 33% das pessoas relacionam Alexa aos assistentes virtuais. Siri, da Apple, e Google, tiveram crescimento de awareness de 1% cada durante o período: Google, marca mais reconhecida, passou de 48% para 49%, e Siri foi de 19% para 20% quando se fala em Top of Mind.

“Os usuários mostraram ter interesse em usar ainda mais assistentes virtuais por voz, sendo que, dentre os entrevistados, 51% pretendem usufruir mais da tecnologia no dia a dia”, afirma Diego Senise, diretor da ILUMEO e professor de comportamento do consumidor na ECA-USP.

Facilitar o dia a dia doméstico é o maior objeto de desejo dentre os usuários de assistentes virtuais por voz. A pesquisa indica que dentre as cinco categorias pelas quais os entrevistados mais almejam o uso da tecnologia, quatro são voltadas às comodidades para o lar: 84% dos entrevistados gostariam de ter TVs com a tecnologia, 81% iluminação doméstica, 77% aparelhos de ar-condicionado ou ventiladores, 73% máquinas de lavar e 72% gostariam de usar o recurso em aplicativos de transporte.

O que dificulta a concretização desse consumo é o preço: 56% afirmam que os aparelhos com recurso de assistente virtual por voz são muito caros. Esse também foi o principal argumento alegado como impeditivo para uma maior utilização da ferramenta na pesquisa anterior. Em 2022, houve um aumento de 13% dos entrevistados que apontaram o preço dos produtos como principal barreira em relação à pesquisa apresentada pela ILUMEO em 2020.