Edit Content

Menu

stela-fixa

André Côrte, CTO do Pic Pay

André Côrte, CTO do Pic Pay

O papo para a produção desta “Bastidores da TI” foi com André Côrte, CTO do Pic Pay, um ecossistema de serviços financeiros e sistemas de pagamento nascido no Espírito Santo há mais de dez anos e que abrange soluções que vão além do conceito de banco, incluindo meios de pagamento, seguro, previdência, investimentos, shoppings, e-commerce e atuação nos universos BtoB, BtoC, e BtoBtoC envolvendo hoje mais de 35 milhões de usuários ativos.

No ano passado, o Pic Pay movimentou 116 bilhões de reais. André diz que não foi a TI que o escolheu, mas ele foi escolhido por seu perfil. E comenta que sempre se viu atraído por grandes desafios e projetos complexos. E a prática comprova: ele trabalhava na Dataprev quando estourou a pandemia e foi um dos que conduziu a infraestrutura de TI para promover o auxílio emergencial criado pelo governo. E já no Pic Pay foi transferido para o Banco Original, empresa do mesmo grupo, quando aconteceu a incorporação da área de varejo do banco, retornando em seguida para o próprio Pic Pay, onde se encontra hoje.

Compartilhar:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

 

Muito além do pagamento

Meu convidado para essa Bastidores, André Côrte, CTO do Pic Pay, se define como uma pessoa sempre atrás de grandes desafios e grandes projetos. E como diz o ditado popular, quem procura, acha, é o que ele tem encontrado ao longo de sua carreira. Para ficarmos nos últimos acontecimentos, André ocupava o cargo de Diretor de Desenvolvimento Serviços e Negócios da Dataprev, empresa de tecnologia da informação do governo, em 2020, quando teve início a pandemia de Covid-19, momento em que o governo instituiu o auxílio emergencial.

“Foi um desafio ímpar, precisávamos desenvolver algo de imediato e com um nível de escalabilidade muito grande.” Outros projetos que ele gerenciou na instituição foram o da reforma da previdência, Meu INSS e carteira de trabalho digital. André conta que não escolheu a tecnologia, “fui meio escolhido por ela pelo meu perfil”. Seu primeiro curso foi de montagem de micros e diz que os pais não entendiam onde ele pretendia chegar com aquilo. Cursou Tecnologia e Administração e disse que isso foi o que o aproximou da gestão e aos 23 anos já ocupava um cargo de liderança de um time grande em uma empresa de outsourcing.

“Esse foi o começo da minha carreira e como sempre gostei de desafios acabei vivenciando vários deles como fusões e aquisições, que só quem viveu sabe avaliar, e privatização, onde a TI inteira tem que ser redesenhada”. E completa dizendo que prefere trabalhar em projetos complexos, “Dizem que gosto de confusão. Na verdade, o que me atrai é mesmo o desafio”. E foi o que o atraiu para o Pic Pay, empesa que é um ecossistema de serviços financeiros e sistemas de pagamento atendendo em ambientes BtoB, BtoC e BtoBtoC shoppings, e-commerce, seguro, previdência, meios de pagamentos e investimentos, para citar alguns, modelo que segundo André vêm crescendo.

De acordo com André, a empresa, ainda pode ser considerada uma start up, mas seu patamar atual contempla 4,5 mil colaboradores, quase metade alocados em TI,  35 milhões de usuários ativos e no ano passado movimentou um total de 116 bilhões de reais. No primeiro semestre deste ano de 2023, a receita do Pic Pay atingiu 1,5 bilhão de reais. André diz que quando entrou a empresa estava crescendo e precisava amadurecer para chegar ao patamar de hoje e para o futuro.

Entre os diferenciais da Pic Pay está o DNA de desenvolvimento de software. Segundo André, a maioria das soluções em uso na empresa foram desenvolvidas internamente. “Desenvolver nossas próprias soluções nos permite gerar diferenciais competitivos para nossos usuários”. Ele diz que com o nível de capital intelectual que existe dentro da companhia, o tempo de desenvolvimento de software é menor do que seria realizar o trabalho fora, o que representa outro diferencial. E explica que isso foi definitivo quando da incorporação da área de varejo do Original pelo Pic Pay. “Com nossas próprias soluções o tempo de execução das mudanças necessárias foi muito mais rápido, e não tivemos falhas”.

Hoje, André diz que a TI continua aprimorando seus motores para deixar as soluções cada vez mais resilientes. Quanto aos investimentos, o foco atualmente está em segurança da informação e inteligência artificial. “A questão da segurança não sai da pauta, está na estratégia da empresa. À medida que a gente desenvolve, tem quem desenvolva também para quebrar a gente”. Na área de inteligência artificial, além da generativa, a empresa está investindo também em análise de risco. “Queremos ir muito além do pagamento e da carteira digital e vamos continuar o processo de consolidação levando para o usuário muito mais facilidades”, completa.

*Stela Lachtermacher é jornalista de TI, com atuação como editora e colunista no Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Editora Abril e diretora editorial na IT Mídia. Hoje tem sua própria empresa, a Candelabro, onde trabalha na produção de conteúdo para todas as plataformas editoriais e participa do Conselho Editorial da Decision Report.

Conteúdos Relacionados