A inteligência artificial (IA) está dominando as agendas de investimento das grandes corporações ao redor do mundo. Segundo as previsões do Gartner, por exemplo, essa tendência estará amplamente disseminada até 2020 e deve ser uma das cinco prioridades de investimento para mais de 30% dos CIOs.
Para chegar nesse patamar de inovação, é preciso romper as barreiras culturais de adoção e explorar as infinitas possibilidades de aplicação nos negócios. Na visão de Ankur Prakash, VP para New Growth e Emerging Markets da Wipro, essa ruptura deve acontecer em breve, principalmente com a chegada de uma geração mais jovem e ousada no mercado de trabalho.
“O momento no Brasil é propício, onde tanto o setor privado quanto o público sofrem com modelos de gestão falidos e ineficientes em uma sociedade cada vez mais exigente e conectada”, destaca o executivo. Para ele, os benefícios da computação cognitiva, um dos recursos da AI, podem auxiliar na prestação de serviços, segurança e saúde, por exemplo.
E os benefícios da computação cognitiva na prestação de serviços não apenas de consumo, mas também de segurança e de saúde, por exemplo, podem ajudar o país a encontrar uma situação de equilíbrio econômico e social muito mais rapidamente, retomando sua competividade global com benefícios a todos os setores e indústrias.
Demandas legislativas
Prakash também chama atenção para um ponto importante na massificação da inteligência artificial no Brasil: modernização dos modelos atuais de regulamentação legal. “Sem isso, pouco se pode fazer, de fato, para avançarmos nessa discussão”, pontua.
Na visão do executivo, o Marco Civil da Internet, a reforma trabalhista atual, são passos iniciais, porém, ineficientes e que pouco ou nada endereçam sobre robotização, inteligência artificial e cognitiva, que acabam por ter sua adoção limitada a nichos de baixo impacto apesar de já disponíveis para uso e benefícios em escala.
“O debate iniciado pelo surgimento de empresas como Uber, Whatsapp, Facebook, deve ser ampliado em prol da sociedade e economia brasileiras, a hora é agora”, alerta Prakash. “No momento em que o ceticismo e a resistência for quebrada, veremos de forma clara os benefícios gerados em praticamente todas as indústrias de mercado. Falando de Brasil, acreditamos que isto deve se dar em algum momento nos próximos dois a três anos”, completa.
Implementação estratégica
Assim como em outras tecnologias de alto impacto ao negócio, para as empresas adotarem uma estratégia de inteligência artificial, é importante que haja planejamento muito bem definido quanto à adoção de soluções de forma ágil e equilibrada, com implementação sustentável e integrada às arquiteturas existentes. Assim é possível aproveitar investimentos já realizados e ao mesmo tempo usufruir dos benefícios da computação cognitiva com resultados claros já em curto e médio prazos.
A Wipro é umas das empresas de tecnologia que está apostando na inteligência artificial. Segundo o executivo, um dos trabalhos realizados junto aos clientes é o plano prévio denominado digital readiness. Aqui, são mapeados os principais componentes da arquitetura atual de tecnologia e processos (AS IS), em que é definido o estado futuro ideal (TO BE).
“Identificamos e corrigimos os eventuais gaps de forma que se permita a adoção adequada deste tipo de tecnologia. Falando especificamente de computação cognitiva, é essencial trabalharmos muito bem as arquiteturas de dados, de integração e de front-end/user experience e assim obter os resultados esperados”, acrescenta Prakash.
Ah um ano, a Wipro anunciou no mercado brasileiro a plataforma holística de inteligência artificial o Wipro HOLMES. Trata-se de um conjunto e aplicações (APIs) de computação cognitiva focado no desenvolvimento de agentes virtuais digitais, sistemas preditivos, automação de processos cognitivos, aplicativos de computação visual e a virtualização de conhecimento.
A oferta da plataforma HOLMES abrange cinco grandes áreas para aplicação de inteligência artificial e faz uso de capacidades cognitivas como: interação natural humana com uso de reconhecimento visual; interpretação do conhecimento e significado; geração de inteligência e hipótese algorítmica; aprendizagem contínua e adaptativa; e raciocínio formal.