Transformação digital. Termo mais falado na comunidade de Tecnologia da Informação – dos C-levels e profissionais aos players e startups de soluções tecnológicas – vive hoje um estágio de evolução. Parece óbvio que essa transformação dependa de iniciativas, tentativas e erros, mas sem isso, dificilmente as organizações de todo o mundo serão competitivas e inovadoras.
Por mais que a maioria das empresas saiba o que precisa ser feito e o quanto de dinheiro devem investir nessa jornada para o digital, muitas estão em um estágio intermediário no quesito transformação da TI. Até porque, sem essa iniciativa de virtualizar a base da infraestrutura composta de servidores, rede e storage, dificilmente os negócios terão o alicerce certo para evoluir de forma inovadora e atender às demandas dos clientes conectados.
Um estudo sobre a maturidade da transformação da TI realizado pela companhia de análises e pesquisas ESG (Enterprise Strategy Group), encomendado pela Dell EMC e Intel, aponta que 81% dos 4.000 respondentes concordam que a transformação da TI é essencial para que as empresas permaneçam competitivas no mercado. E 96% dos entrevistados, inclusive no Brasil, informam que suas organizações têm iniciativas de digitalização dos negócios no radar, sejam elas ainda na fase de projeto, em implementação ou já implementadas.
Por outro lado, essas iniciativas levam um tempo para acontecer. Cada empresa vive hoje um estágio diferente nessa jornada, enquanto umas estão mais avançadas, outras estão desenhando seus projetos. Na visão de Giampaolo Michelucci, vice-presidente de Enterprise da Dell EMC Brasil, essas mudanças são granulares, mas a tendência é que a transformação da TI passe pela infraestrutura.
“A pauta da transformação é longa e percorre diversos estágios. Ninguém faz tudo de uma vez, mas se cria os momentos de investimento visando uma infraestrutura mais robusta e hiperconvergente, se atentando às necessidades do negócio”, pontua o executivo.
Talvez o certo dessa jornada seja mesmo começar pela base da estrutura tecnológica, mas o mais importante nisso tudo é as empresas entenderem que, quem não se digitalizar, talvez não tenha um negócio no futuro. “Quando a transformação é plena, a TI torna um parceiro efetivo para as áreas de negócio. Tudo fica ágil e eficaz em um custo mais baixo”, acrescenta o VP da Dell EMC.
Um exemplo é o case da seguradora Tokio Marine com a Dell EMC, apresentado no Ciab 2018, em que o investimento em infraestrutura hiperconvergente trouxe mais agilidade para a operação. “Ela está 100% transformada? Não, mas já pode colher benéficos dessa iniciativa e seguir no plano de digitalização. No momento em que o negócio entende esse processo, tudo ficará mais fácil”, completa.
Os resultados da pesquisa
O levantamento dividiu as empresas em quatro grandes grupos, de acordo com a preparação do ambiente tecnológico para suportar a digitalização das operações. A maioria (46%) encontra-se no que o levantamento classifica como ‘Emergentes’, pois já têm a implementação mínima de tecnologias associadas ao data center moderno.
Em segundo lugar, representando 43% da base, estão as organizações ‘Em Evolução’ e que estão mais avançadas do que as anteriores (Emergentes), mas têm um nível de modernização tecnológica moderado.
O mesmo percentual de empresas (6%) encontra-se dividido entre o primeiro e o último estágio de Transformação da TI, batizados respectivamente como ‘Legadas’ – e que ainda não atendem à maioria dos requisitos para um data center moderno – e como ‘Transformadas’ – já apresentam avanços nas iniciativas para modernização do ambiente tecnológico.
Ainda de acordo com o levantamento, entre as empresas mais avançadas na transformação da TI, 67% afirmam que estão significativamente à frente dos concorrentes, contra apenas 3% das organizações que ainda não iniciaram o processo de transformação do ambiente tecnológico. Além disso, essas organizações já transformadas têm 2,5 vezes mais confiança de que serão bem-sucedidas em seus mercados nos próximos cinco anos.