Não é de hoje que a tecnologia vem ganhando espaço nos mais diversos segmentos, sobretudo, no que diz respeito aos ligados às operações financeiras. Ao oferecer praticidade e comodidade aos clientes, as empresas que aliam finanças ao universo tecnológico, mais conhecidas como fintechs, têm crescido de forma exponencial por todo o mundo e conquistando cada dia mais adeptos.
A Ásia, por exemplo, desenvolveu um mercado bilionário de fintechs com os chamados big players, ou seja, instituições com muitos clientes que receberam investimento em tecnologia para disponibilizar ao usuário a melhor experiência financeira. Tal crescimento, por sua vez, também aconteceu na América e na Europa, que apostaram no ineditismo e eficácia.
O Brasil, claro, não poderia ficar fora desse contexto. Com mais de 200 milhões de habitantes, o país não movimenta números no mesmo patamar que a China, mas, apresenta um aumento constante de produtos diferenciados que atraem não só cada vez mais clientes, como também investidores estrangeiros, que reconhecem o potencial das fintechs no país.
Como é do conhecimento de grande parte das pessoas, as empresas desse segmento não cobram tarifas, ofertam serviços mais atrativos e taxas menores, além de entregarem um atendimento personalizado e eficiente. Também costumam aguçar o desejo do cliente em experimentar o novo e desapegar das formas de crédito tradicionais, que, atualmente, detêm cerca de 80% do mercado só no Brasil.
O boom do setor empurrou os bancos para uma mudança comportamental e fez com que eles se adaptassem às necessidades do cliente moderno. E engana-se quem pensa que esse sucesso é passageiro.
As fintechs têm buscado alternativas para impulsionar seu crescimento e, principalmente, apresentar um diferencial no atendimento. Neste último caso, isto é primordial para fazer com que o usuário possa desfrutar de uma experiência única e especial.
O assunto tem sido tema de análises. Dados da pesquisa “Millennial Disruption Index”, divulgados pela Scratch, da Viacom Media, sobre hábitos de consumo da geração Y, apontaram que 68% dos entrevistados acreditam que a maneira que lidam com o dinheiro mudará nos próximos cinco anos. Ainda de acordo com o mesmo estudo, 70% das pessoas ouvidas creem que as formas de pagamento também passarão por mudanças até o ano de 2020.
Por isso, nesse contexto, é necessário estar preparado, e aberto, para o que ainda está por vir. Dessa maneira, é necessário mudar o mindset para atender as necessidades dos clientes, uma vez que, a cada dia, eles têm se mostrado mais exigentes. Como se pode perceber, trata-se de um crescimento que, neste universo, tem sido evidente e, por que não, surpreendente.
* Victor Farias é CEO do pag!