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83% dos líderes classificam suas organizações como inovadoras

83% dos líderes classificam suas organizações como inovadoras

Levantamento da Dell Technologies aponta também que 52% dos entrevistados temem que suas companhias se tornem irrelevantes em até cinco anos, com base no ritmo dos projetos e cultura de inovação. O estudo sugere que a maioria das organizações falha nos projetos de inovação pela dificuldade de ter processos estruturados

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Nesta terça-feira (19), a Dell Technologies apresentou os dados de um estudo voltado a medir o grau de maturidade das empresas em relação à inovação, que contou com o apoio da Vanson Bourne e ouviu 6.600 líderes de Negócios e TI em 45 países, sendo 300 deles no Brasil.

 

De acordo com pesquisa, batizada de Innovation Index (Índice de Inovação), no Brasil, apesar de 83% dos executivos classificarem suas organizações como inovadoras, 52% temem que suas companhias tornem-se irrelevantes em até cinco anos, com base no ritmo dos projetos e cultura de inovação.

 

“Não foi surpresa pra mim, pois isso é reflexo do medo do futuro e da velocidade da inovação”, pontua. Diego Puerta, presidente da Dell Technologies Brasil, durante coletiva realizada com jornalistas, em São Paulo. “Quando falamos da nossa missão, a tecnologia é o catalisador do conhecimento e tem potencial de mudar as vidas das pessoas. É fundamental que a inovação aconteça, temos que ter em nosso portfólio os agentes de tecnologia para unificar esses processos”, acrescenta.

 

Com base na análise das respostas ao questionário, as empresas foram classificadas em cinco categorias principais de acordo com o grau de maturidade em relação à inovação: Líderes, Adotantes, Avaliadores, Seguidores ou Retardatários.

 

No Brasil, 5% das empresas foram classificadas como Líderes em Inovação. Apesar do número baixo, ele está bem acima da média global, onde esse índice foi de apenas 2%. As organizações classificadas nessa categoria são aquelas que apresentam uma estratégia completa de inovação e estão mais bem preparadas para enfrentar desafios – como uma recessão global, problemas na cadeia de suprimentos, impactos ambientais, entre outros – e continuar crescendo.

 

Por outro lado, a maioria das companhias entrevistadas no país (42%) se encaixaram na categoria de Avaliadores da Inovação, mostrando que já têm uma preocupação com o tema e buscam construir um planejamento para acelerarem a inovação. Contudo, a adoção desses planos tem sido gradual ou eles encontram-se em estágio inicial.

 

Os dados do estudo permitem ainda avaliar o impacto real para o negócio. Nesse sentido, quando consideradas as Líderes e Adotantes da Inovação, as empresas classificadas nessas categorias enfrentam 3,2 vezes menos escassez de mão de obra qualificada do que aquelas que se encaixam como Seguidores e Retardatários.

 

Da mesma forma, as organizações mais maduras para a inovação (Líderes e Adotantes) são 2,6 vezes mais propensas a ter níveis acelerados de crescimento – acima de 15% ao ano em 2022 – e são 1,8 vezes mais resilientes, crescendo durante períodos de recessão, inflação e/ou incertezas econômicas.

 

“Esse estudo materializa a percepção de que no cenário de negócios atual, a inovação é um fator decisivo para o sucesso das organizações. Mas se olharmos para o fato de que no Brasil só um terço das companhias (32%) se encaixam nas categorias de Líderes e Adotantes, temos ainda um longo caminho a percorrer”, aponta Diego Puerta. Para ele, a única forma de acelerar essa jornada é a partir dos investimentos em pessoas, tecnologias e processos que suportem os planos e ações inovadoras.

 

Impacto dos processos na inovação

 

O estudo demonstra também que hoje a maioria das organizações falha nos projetos de inovação pela dificuldade de ter processos estruturados. Nesse sentido, só 43% dos entrevistados no Brasil afirmam que hoje os projetos são baseados em dados e pouco mais da metade (56%) têm iniciativas inovadoras alinhadas a metas do negócio.

 

Ou seja, isso demonstra que a inovação é tratada como algo pontual dentro da estratégia e as organizações precisam ter processos mais bem estruturados se quiserem avançar no tema, saindo assim do dia a dia operacional.

 

Impacto da tecnologia na inovação

 

O Innovation Index aponta que 97% das organizações no Brasil reconhecem a importância de usar novas tecnologias para serem mais inovadoras – o índice fica bem acima da média global, de 86%. Apesar disso, 46% admitem que as soluções tecnológicas utilizadas atualmente não são avançadas o suficiente e temem ficar atrás da concorrência.

 

O estudo mostra ainda que as cinco principais tecnologias para catalisar as inovações nas empresas são: multicloud, edge computing (computação de borda), infraestrutura de dados moderna, segurança cibernética e aquelas que permitem trabalhar de qualquer local.

 

Por outro lado, a complexidade dos ambientes de TI cria uma série de barreiras para a inovação. As cinco principais delas, segundo o Innovation Index, são:

1. Crescentes custos com cloud
2. Dificuldades de integrar a arquitetura de negócios à infraestrutura de TI
3. Tempo e dinheiro gastos para migrar aplicativos para ambientes de nuvem
4. Ameaças à segurança cibernética: impossibilidade de inovar com dados e dispositivos de borda não seguros
5. Carência de infraestrutura de TI para atender e processar dados na borda