Por Márcio Aguiar*
A tecnologia continua a moldar o mundo de maneiras inimagináveis e, a cada ano, as inovações tecnológicas têm o poder de revolucionar a forma como viver e trabalhar. Para os próximos anos, é possível esperar mais avanços em Inteligência Artificial, ferramenta que impulsiona a transformação digital em vários setores da economia e permite criar aplicações que facilitam os processos no dia a dia.
Uma das áreas mais empolgantes neste campo é a IA generativa. De acordo com previsões do Gartner, até 2026 mais de 80% das organizações terão usado APIs e modelos de IA generativa ou implantado aplicações habilitadas em ambientes de produção.
Conforme a ferramenta se integra nas indústrias e colabora com os funcionários, é notável a democratização dessa tecnologia. Com capacidade de processamento significativos e algoritmos sofisticados, além da IA generativa otimizar processos existentes, ela tem potencial de desencadear inovações disruptivas em setores como saúde, finanças e manufatura.
Ela também será uma poderosa aliada dos desenvolvedores e engenheiros de softwares na criação de soluções eficientes. Com o auxílio desse recurso, será possível melhorar o processo de desenvolvimento por meio da geração automática de códigos, detecção de vulnerabilidades ou bugs, entre outras possibilidades. O tempo que era anteriormente destinado para a execução desses procedimentos, poderá ser utilizado para questões mais estratégicas nos negócios.
Outra tendência apontada são as aplicações inteligentes. Por meio do aprendizado de máquina ou machine learning, é possível checar dados e realizar análises preditivas que são capazes de fornecer insights valiosos. Com esse recurso, existe a possibilidade de identificar padrões de consumo de energia dentro de uma companhia e criar soluções para minimizar esse custo, detectar fraudes e minimizar riscos em empresas do setor financeiro, por exemplo. A recomendação de produtos aos consumidores, com base no histórico de compras, também indica como as aplicações inteligentes podem melhorar a experiência do cliente, além de proporcionar eficiência para a empresa.
Com a possibilidade de um aumento no volume de dados – segundo a IDC, espera-se que os dados gerados no mundo alcancem 175 zettabytes até 2025 – é importante considerar abordagens inteligentes que possam auxiliar no levantamento dessas informações e que contribuam na automatização desses processos.
Fato é que com os avanços da IA também será exigido uma maior capacidade de computação e armazenamento por parte das companhias. Por isso, outra tendência para os próximos anos será o aumento na utilização de serviços de cloud, para comportar essa quantidade massiva de dados. Segundo previsões do Gartner, até 2027, mais de 70% das empresas utilizarão plataformas de nuvem industriais (ICPs) para acelerar seus negócios. Ainda, um relatório realizado pela Amazon Web Services com a Accenture, indicou que as micro, pequenas e médias empresas que adotam tecnologias habilitadas para nuvem no Brasil devem gerar R$ 24,3 bilhões de ganhos anuais em produtividade até 2030.
Por permitir o acesso de dados e informações de qualquer lugar, a computação em nuvem facilita o trabalho dos profissionais ao redor do mundo, tornando a função mais flexível. É possível criar soluções e testar aplicações sem a necessidade de montar uma estrutura completa para executar as atividades. Financeiramente, isso pode ser um ponto positivo para as organizações que atuam no desenvolvimento de tecnologias que exigem esse processamento.
Na era da transformação digital, a Inteligência Artificial juntamente com outras tecnologias continuará desempenhando um papel central. A capacidade da IA generativa em impulsionar inovações, a flexibilidade da computação em nuvem, a eficiência das aplicações inteligentes em automatizar processos e transformar dados em conhecimento estratégico serão promissores para o mercado global.
*Márcio Aguiar é diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina