Segundo o estudo realizado pela Dell Technologies, 70% dos entrevistados apontam a falta de colaboradores curiosos, visionários e que aprendam com os erros. Além disso, 68% acreditam que suas organizações subestimam os requisitos das pessoas quando planejam programas de Transformação, enquanto 63% destacaram que a resistência de funcionários à mudança pode levar a jornada digital ao fracasso
A Dell Technologies, em parceria com a Vanson Bourne, anunciou nesta quarta-feira (05), durante o Dell Tech Forum, os dados de sua pesquisa intitulada de Breakthrough, que revelou 3 barreiras da Transformação Digital relacionadas às pessoas como: habilidades digitais e aptidão para inovação, visão e uma estratégia direcionada e uma cultura de inovação.
De acordo com o levantamento, 75% das empresas estão preocupadas por não terem habilidades necessárias para progredir na Transformação Digital, enquanto 70% apontam a falta de colaboradores curiosos, visionários e que aprendam com os erros em seus times.
A falta de visão e uma estratégia direcionada às pessoas é um outro ponto destacado. 68% acreditam que suas organizações subestimam os requisitos das pessoas quando planejam programas de transformação. Já 46% estão preocupados que serão excluídos do mundo digital em evolução pela falta de pessoas com a visão adequada para capitalizar a oportunidade. Já 63% acham que a resistência de seus funcionários à mudança pode levar a jornada digital ao fracasso.
“Quando elaboramos um plano de Transformação Digital, pensamos em várias mudanças para o negócio, porém, muitas vezes não há um planejamento bem estruturado para o processo de transformação que está implementado dentro da empresa, qual o impacto que isso vai gerar aos funcionários e quais competências serão desenvolvidas, por exemplo. Existem itens essenciais que, se não forem pensados com antecedência, poderão comprometer a jornada para o digital”, explica Diego Puerta, Presidente da Dell Technologies no Brasil.
Além disso, a ausência de uma cultura de inovação também é um dos aspectos levantados. 57% dos entrevistados revelaram que a cultura organizacional está limitando a habilidade dos colaboradores em inovar, enquanto 47% esperariam para ver o que acontece ou encontrariam uma desculpa para adiar a mudança, quando confrontados com algo que não concordam.
“Nós entendemos que há uma distinção muito grande entre uma empresa afirmar ser inovadora para os seus consumidores, mas, por outro lado, não garantir um ambiente de inovação para os seus próprios times”, aponta Puerta.
“Embora as empresas não possam se transformar sem a tecnologia certa, essa ferramenta ainda precisa ser gerenciada por pessoas e, mais importante, elas precisam ser trazidas para a jornada. O estudo Breakthrough mostra a importância crítica de valorizar as pessoas ao executar planos de modernização e garantir que elas se sintam capacitadas e apoiadas para tentar, falhar e aprender, a fim de mover-se ao que chamamos de inovação”, completa o Presidente da Dell Technologies no Brasil.
Como quebrar algumas barreiras
O estudo projeta um caminho à frente, indicando oportunidades para que as empresas se concentrem e acompanhem a transformação com avanços no cruzamento de pessoas e tecnologia em três fronteiras:
1. Conectividade
Mais de três quartos (76,3%) dos participantes brasileiros disseram que precisam que suas organizações forneçam a infraestrutura e as ferramentas necessárias para poder trabalhar em qualquer lugar (além da autonomia de escolher seu padrão de trabalho de preferência).
Esse resultado mostra que as organizações têm a preocupação de que seus funcionários possam ficar para trás porque não têm a tecnologia certa para mudar para um modelo altamente distribuído, no qual trabalho e computação não estão vinculados a um local central, mas ocorrem em todos os lugares.
A tecnologia em si não é suficiente. As empresas também precisam tornar o trabalho igualitário para pessoas com diferentes necessidades, interesses e responsabilidades, incluindo os 85% dos participantes brasileiros que gostariam que sua organização tomasse alguma das seguintes medidas:
• Definir claramente o compromisso contínuo da organização com acordos de trabalho flexível e as questões práticas para fazer com que isso funcione;
• Capacitar líderes para gerenciar equipes remotas de maneira eficiente e igualitária;
• Habilitar funcionários para escolher seu padrão de trabalho de preferência e fornecer as ferramentas/infraestrutura necessárias.
2. Produtividade
Atualmente, menos da metade (41%) dos brasileiros dizem que seu trabalho é estimulante e não repetitivo. Com a oportunidade de automatizar tarefas mais repetitivas, 77,3% dos profissionais do País gostariam de aprender novas tecnologias e habilidades muito procuradas, como habilidades de liderança, cursos em Machine Learning ou se concentrar em oportunidades mais estratégicas para promover sua função.
3. Empatia
A pesquisa mostra que ainda há muito trabalho a ser feito, e que a empatia deve embasar a tomada de decisões — desde simplificar a tecnologia para metade (48,8%) dos participantes brasileiros que, muitas vezes, se sentem apreensivos com tecnologias complexas, a adaptar programas de mudança de acordo com as habilidades das pessoas (47% dos funcionários acreditam que seus líderes já façam isso) no Brasil.
Metodologia
O levantamento realizado entre agosto e outubro de 2021, contou com mais de 10 mil participantes totais, sendo 400 executivos brasileiros, entre tomadores seniores de decisões de negócios, tomadores de decisões de TI e trabalhadores do conhecimento (funcionários envolvidos na transformação digital).