De acordo com uma pesquisa realizada pela Ebit/Nielsen em 2023, empresas que utilizam recursos de inteligência artificial (IA) possuem, em média, um crescimento de 15% em suas vendas e de 10% na satisfação do cliente. No segmento de e-commerce, o estudo aponta que 75% das companhias já usam algum tipo de inteligência artificial para traçar o perfil do consumidor, criar anúncios direcionados a diferentes públicos e promover experiências personalizadas.
Para Weslei Lima, gestor do Mercado Topográfico, plataforma de divulgação de produtos e serviços do setor de geotecnologia, a implementação desses recursos é extremamente benéfica para empresas como os marketplaces. “Conforme o mercado brasileiro se abre para novas tecnologias, mais oportunidades de melhorias são apresentadas. Dessa forma, podemos sempre aprimorar os negócios e otimizar processos, além de assegurar mais precisão e assertividade na tomada de decisões estratégicas. Isso nos permite aumentar a eficiência das operações e melhorar a comunicação e os serviços oferecidos à sociedade”, diz.
Ele explica que no Mercado Topográfico, por exemplo, a IA é utilizada há seis meses em atividades como monitoramento em tempo real e tradução completa da plataforma para outros idiomas, além de um assistente virtual. “Nosso assistente virtual, Arquimedes, será lançado em breve. Entretanto, mesmo antes dele chegar, já temos obtido resultados muito positivos, principalmente no gerenciamento das demandas e na entrega dos produtos e soluções que estão disponíveis na plataforma. Com mais tempo de uso, será possível observar um crescimento na eficiência de operações e na experiência de usuário. Isso nos ajudará a tomar decisões baseadas em dados, detectar fraudes e inovar continuamente”, acrescenta.
Apesar dos pontos positivos, Lima comenta que ainda há muitos desafios. Segundo ele, “a inteligência artificial é algo relativamente recente e o mercado ainda está se adaptando e conhecendo, aos poucos, os inúmeros recursos e benefícios. Por isso, é necessário que o poder público e a iniciativa privada invistam em novas ferramentas e na ampliação do acesso a essas tecnologias à sociedade em geral. Caso contrário, poderemos enfrentar uma dependência tecnológica da ferramenta e uma desigualdade digital no meio”.