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75% das empresas brasileiras usam pouco a IA, diz estudo da FGV

75% das empresas brasileiras usam pouco a IA, diz estudo da FGV

Segundo a pesquisa anual de tecnologia da FGVcia, organizações registram baixo uso da Inteligência Artificial de forma mais robusta. Microsoft Copilot, ChatGPT e Google Gemini são os programas mais usados para chatbot, ML e reconhecimento biométrico

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Pela primeira vez, a pesquisa 36ª edição da Pesquisa Anual do FGVcia, sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas, quantificou a participação dos programas de Inteligência Artificial Generativa. Segundo o levantamento divulgado nesta quinta-feira (26), pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (FGVcia) da FGV, Microsoft Copilot lidera o uso com 40%, seguido pelo ChatGPT da OpenAI 32% e Google Gemini 20%. Esses programas são utilizados para Chatbot, Machine Learning e Reconhecimento Biométrico (digital, facial, palmar, entre outros).

 

De acordo com o coordenador da pesquisa do FGVcia, professor Fernando Meirelles, o que chamou atenção nesse levantamento é o baixo uso de Inteligência Artificial nas empresas. “Embora 80% declararam utilizá-la, 75% delas usam muito pouco. Outro ponto é que as empresas estão realizando mais reuniões híbridas, com predominância do programa Teams e o uso de Excel”, afirma Meirelles.

 

O professor destacou ainda que os principais projetos de TI nas empresas no Brasil continuam com o foco em inteligência artificial integrada com inteligência analítica (Analytics), transformação digital e implementação do “novo” ERP, com foco no Alinhamento Estratégico.

 

Com isso, os gastos e investimentos em TI continuam crescendo em valor, maturidade e importância nos negócios. Na última década, os gastos e investimentos em TI nos bancos dobraram. A expectativa é que esse crescimento continue e chegue a, aproximadamente, R$ 56 bilhões até 2026/27.

 

Esse índice é o gasto total destinado a TI – que é a soma de todos os investimentos, despesas e verbas alocadas em TI, incluindo equipamento, instalações, suprimentos e materiais de consumo, software, serviços, comunicações e custo direto e indireto com pessoal próprio e de terceiros em TI – dividido pela receita da empresa.

 

Pode-se comprovar que, quanto mais informatizada a empresa, maior é o valor desse índice. Nos últimos 36 anos, ele cresceu 6% ao ano, passando de 1,3% em 1988 para 10% em 2024. Mesmo assim, existe muito espaço para crescer e chegar aos níveis dos países mais desenvolvidos. A tendência é ultrapassar 11% nos próximos dois a três anos.

 

Outro indicador, entre os mais de 50 analisados na pesquisa, é o CAPU – Custo Anual de TI por Usuário – de R$ 60 mil. Esse valor refere-se aos gastos e investimentos em TI das empresas pesquisadas no ano passado, dividido pelo número de usuários da empresa.

 

Softwares e Dispositivos

 

Os programas de Inteligência Analítica (BI – Business Intelligence and Analytics) continuam sendo uma categoria de destaque e entre as mais lucrativas para os fabricantes. Microsoft, com 28%; SAP, com 21%; Qlik tem 18%; seguidos por Oracle, Totvs e IBM. Os seis detêm 93% desse segmento. Apesar de todo o arsenal de ferramentas modernas, 90% do uso de Inteligência Analítica no departamento financeiro das empresas é Excel.

 

Os Sistemas Integrados de Gestão (ERP) da Totvs e da SAP têm 34% do mercado cada; Oracle, 10%; e outros, 22%. A Totvs lidera nas menores com 50%; e a SAP, nas maiores empresas, com 51%. As novas tecnologias provocam a necessidade de integrar cada vez mais o físico com o digital e demandam a implementação de novos processos integrados internamente, externamente e com o ecossistema da empresa.

 

Segundo o levantamento, o Brasil tem 502 milhões de dispositivos digitais (computador, notebook, tablet e smartphone) em uso no Brasil (corporativo e doméstico); ou seja, em junho deste ano, foram contabilizados 2,4 dispositivos digitais por habitante.

 

O estudo revela ainda que há 1,3 smartphone por habitante, totalizando 272 milhões de celulares inteligentes em uso no Brasil. Adicionando os notebooks e os tablets, são 460 milhões de dispositivos portáteis, ou 2,2 por habitante. No país, são 2,2 celulares vendidos para um aparelho de TV.

 

Em relação a computadores, o Brasil possui 230 milhões (desktop, notebook e tablet) em uso, atingindo 1,1 computador por habitante (108% per capita). As vendas em 2024 cresceram 5%, com 12,6 milhões de unidades. Estima-se a venda total com crescimento ainda maior em 2025, com aumento na proporção de notebooks.

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