O Boston Consulting Group (BCG) analisou diversas nações, incluindo o Brasil, para compreender melhor a adoção da inteligência artificial (IA) no desenvolvimento econômico global. O estudo, intitulado “The AI Maturity Matrix – Which Economies Are Ready for AI?”, aponta que, apesar da IA estar transformando rapidamente as indústrias e pronta para moldar profundamente o desenvolvimento econômico ao longo dos próximos anos, mais de 70% dos respondentes apresentam baixo desempenho em três dos seis pilares analisados.
A pesquisa foi feita com base nos indicadores-chave que contemplam a ambição, habilidades, política e regulamentação, investimento, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e ecossistema. E revelou que a ambição de usar a IA é elevada em todo o mundo, mas a maioria das economias tem uma pontuação abaixo da média em P&D e investimento.
Isso, segundo o BCG dificulta a capacidade de promover startups ou de implementar soluções internas. E os resultados só serão positivos se forem além do planejamento, ou seja, estiverem associados com ações proativas e concretas. Mesmo assim, levará algum tempo até que estes sejam tangíveis.
IA nos setores da economia
De acordo com o relatório, os seis setores mais expostos à mudança impulsionada pela IA são: informação e comunicação, bens de alta tecnologia, varejo, serviços financeiros, serviços públicos e fabricação de veículos automotores. Além disso, a pesquisa mostrou que o mundo está dividido em diferentes abordagens de adoção da IA.
Por exemplo, entre os países pioneiros estão Canadá, China continental, Cingapura, Reino Unido e EUA, que se encontram construindo uma infraestrutura forte e utilizando a tecnologia em diversos setores. Todos eles investem em P&D.Em outro grupo estão os competidores estáveis, países com economia focada em grandes setores. Como tecnologia da informação e comunicação (TIC) e manufatura avançada, entre eles, estão Alemanha, Malásia, Israel, Japão e Coreia do Sul.
Além deles, há as nações em ascensão, que incluem Brasil, Índia, Arábia Saudita, Indonésia e Turquia. Esses países têm menor exposição à IA, comparado aos os competidores constantes, mas o comprometimento e pressão do governo para adoção da tecnologia são iguais aos deles. Segundo os dados, há os usuários expostos, graduais e emergentes. Esses precisam acelerar a adoção da IA ou construir estratégias e infraestrutura para atingir os níveis básicos de integração e competitividade com o uso da tecnologia em suas economias.
