A OutSystems lançou seu relatório global de 2025 sobre o Estado do Desenvolvimento de Aplicações, revelando os obstáculos enfrentados pelos profissionais de TI—bem como as abordagens inovadoras que estão adotando—ao desenvolver aplicações modernas. Notavelmente, o relatório, que reflete as perspectivas de quase 1.700 profissionais de TI globais, descobriu que 62% das organizações que usam low-code relataram a capacidade de prever consistentemente o orçamento em comparação com 52% das organizações que usam código tradicional.
O desenvolvimento low-code continua sendo visto como previsível, produtivo e econômico. Os entrevistados com aplicações low-code mais maduras notaram aumento na produtividade dos desenvolvedores (36%), tempo mais rápido para o mercado (34%) e facilidade de atualização de aplicações (32%) como benefícios-chave para a implementação do low-code. Além disso, a maioria (81%) está usando GenAI para auxiliar na codificação tradicional, mas também encontrou que o GenAI introduz preocupações de segurança e governança para 62% dos entrevistados.
Em todos os setores, as equipes de TI estão vendo uma alta demanda por aplicações. Quase três quartos (74%) dos entrevistados dizem que suas organizações planejam construir dez ou mais aplicações nos próximos 12 meses, enquanto 45% antecipam construir mais de 25 aplicações no mesmo período. Considerando que 74% das organizações estão planejando criar aplicações externas voltadas para o cliente no próximo ano, os riscos são altos.
“À medida que as empresas estão cada vez mais optando por construir software em vez de comprá-lo, os desenvolvedores de hoje estão sob imensa pressão para entregar aplicações críticas e voltadas para o cliente em uma velocidade sem precedentes,” diz Paulo Rosado, CEO e Fundador da OutSystems. “Embora o GenAI seja uma ferramenta poderosa para aumentar a produtividade e desenvolver código mais rapidamente, o código escrito por IA pode levar a substanciais problemas de segurança e governança se não for verificado, então os líderes de TI devem considerar maneiras de incorporar proteções sem atrasar a velocidade da inovação.”
Com cargas de trabalho (workloads) consideráveis, uma escassez persistente de talentos e altos custos associados ao desenvolvimento tradicional de aplicações, não é surpresa que as equipes de desenvolvedores estejam se apoiando no GenAI para suporte. No entanto, metade dos profissionais de TI (50%) relatam complexidades significativas na integração de tecnologias de IA com os fluxos de trabalho de desenvolvimento de software existentes, e apenas 40% dos entrevistados “principalmente” confiam no GenAI para escrever código sem assistência humana.
Confiar apenas na codificação tradicional é muitas vezes muito demorado, trabalhoso e intensivo em recursos para que as equipes de TI acompanhem uma estratégia agressiva de desenvolvimento de aplicações, mas o GenAI pode não ser capaz de assumir totalmente as rédeas ainda. Um estudo apontou que ferramentas populares de GenAI geram código preciso não mais do que aproximadamente 65% das vezes, com taxas de precisão para algumas ferramentas chegando a 31%.
“No Ciclo de Software Generativo, acreditamos que a combinação de GenAI e low-code redefinirá o desenvolvimento de aplicações, aumentará a produtividade e garantirá a governança durante todo o ciclo de vida do desenvolvimento de software,” continua Rosado. “As equipes de desenvolvedores não devem ter que escolher entre aplicações de alta qualidade, totalmente funcionais e velocidade de mercado, e ao abandonar práticas de desenvolvimento obsoletas em favor da tecnologia low-code com IA, elas podem colher os benefícios de desempenho e agilidade dessas tecnologias transformadoras.”
Metodologia da Pesquisa
A OutSystems e a Centiment entrevistaram 1.666 profissionais de TI globais em setembro de 2024 (pouco mais de 300 são da América Latina). Os entrevistados ocupam uma variedade de posições e funções dentro dos departamentos de TI de suas organizações, com a maioria em cargos de gestão ou alta gestão. Suas organizações reportam receitas que variam de menos de US$ 10 milhões a mais de US$ 2.5 bilhões, e estão em operação entre um e mais de 20 anos.
