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53% dos CIOs acreditam não ser capazes de lidar com os riscos da Inteligência Artificial

53% dos CIOs acreditam não ser capazes de lidar com os riscos da Inteligência Artificial

Essa porcentagem representa 615 CIOs e líderes de TI entrevistados pelo Gartner no segundo trimestre de 2023. Apesar da novidade da IA, o levantamento aponta que organizações com práticas maduras de governança de Data & Analytics têm 25% mais probabilidade de adotar inovações orientadas por dados, como a Inteligência Artificial

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Uma pesquisa do Gartner com 477 CDAOs (Chief Data & Analytics Officers), realizada no quarto trimestre de 2023, revela que 53% dos entrevistados disseram que estão comprometidos com a GenAI. No entanto, 53% dos 615 CIOs e líderes de TI entrevistados no segundo trimestre de 2023 disseram não ter certeza de que suas empresas seriam capazes de mitigar os riscos da Inteligência Artificial. Na visão dos analistas do Gartner, é aí que a governança da tecnologia deve entrar para reduzir essa lacuna.

 

Os resultados da pesquisa com CDAOs mostraram uma forte correlação entre a maturidade geral da governança de Data & Analytics (D&A)e inovação. Organizações com práticas maduras de governança neste aspecto têm 25% mais probabilidade de adotar inovações orientadas por dados, como a Inteligência Artificial.

 

O levantamento ainda mostra que 75% dos CEOs disseram que já experimentaram GenAI. Enquanto a maioria (62%) desses profissionais apontaram que a IA foi discutida em nível de conselho, o que mostra o quanto o tema ganhou relevância internamente. “Às vezes, achamos que a IA vai automatizar tudo, mas ainda precisaremos do elemento humano para reforçar e validar o que é feito pela Inteligência Artificial”, explica Aura Popa, Analista e Diretora Sênior do Gartner, durante coletiva com jornalista na manhã desta terça-feira (26).

 

Em um cenário de perspectivas, o Gartner revela que 80% do treinamento em IA será uma prioridade maior nos próximos 12 a 18 meses, enquanto 80% da alfabetização em dados receberá mais atenção neste ano.

 

“As organizações devem aproveitar o impulso do conhecimento de dados para criar mestres na alfabetização de Inteligência Artificial”, pontua Aura. Ainda segundo a executiva, ampliar a alfabetização de dados para o conhecimento de Inteligência Artificial não precisa envolver uma grande revisão dos programas. “Pode ser posicionada como uma extensão de conceitos, programas e estruturas existentes”, completa.

 

Segundo o Gartner, as práticas de governança mais impactantes incluem:

 

  • Fornecer regras de negócios para tomada de decisões orientadas por dados;
  • Indicadores-chave de desempenho para resultados de negócios;
  • Governança adaptativa para diferentes casos de uso.

 

“Ao estabelecer a conexão entre dados prontos para Inteligência Artificial, governança e valor para os negócios, os líderes de D&A podem imunizar suas empresas contra potenciais riscos de IA”, diz Aura.

 

Inteligência Artificial Generativa

 

Durante o Keynote de abertura, Kurt Schlegel, Vice-Presidente e Analista do Gartner, e Aura, afirmaram que os líderes de Data & Analytics têm um papel central a desempenhar, fornecendo as capacidades que facilitam a decisão e a ação, desencadeando efetivamente a inteligência coletiva.

 

Edgar Macari, analista, diretor do Gartner e co-chairman da conferência de D&A, comenta que a GenAI seguirá em ascensão no mercado pela sua relevância e importância no mercado. “A IA segue permeando diversas áreas de negócios das empresas. Vemos uma grande concentração em iniciativas de redução de custos e retenção de clientes, iniciativas essas mais ligadas à IA cotidiana e não em novos produtos”, destaca o executivo.

 

Ainda durante a interação com jornalistas presentes, Macari enfatizou a necessidade de as empresas construírem e trabalharem a confiança internamente. “É fundamental identificar os elementos e trabalhá-las de acordo com as necessidades”, completa.

 

Foco nos fundamentos de Data & Analytics

 

A pesquisa do Gartner mostra que os líderes de Data & Analytics estão atualmente gastando mais tempo na mudança de cultura, na criação de estratégias e na incorporação de iniciativas de Data & Analytics nos negócios e no gerenciamento da governança.

 

“Muitos executivos de D&A ficam atolados em questões de estratégia e cultura”, destaca Aura. “Os líderes que conseguem superar as questões de estratégia e cultura para também se concentrarem em atividades de execução, como gerenciar funções, entregar projetos e aumentar a maturidade da governança, tendem a ter melhor desempenho financeiro, desbloqueando, consequentemente, o valor de D&A”, conclui Aura.