A Qlik anuncia resultados de sua pesquisa com 4.200 executivos C-Level e tomadores de decisão de IA, revelando que 49% dos executivos consultados no Brasil dizem que a falta de confiança vinda de outras partes do negócio está reduzindo significativamente o investimento em IA. Considerando dados globais, 61% compartilham dessa opinião.
A importância da IA para alcançar o sucesso organizacional não é subestimada, com a pesquisa da Qlik descobrindo que 88% dos tomadores de decisão seniores globais sentem que a IA é absolutamente essencial ou muito importante para alcançar o sucesso – incluindo o alcance de objetivos estratégicos e o aumento dos lucros. Entre os executivos do Brasil, 94% possuem a mesma visão.
Mesmo assim, poucos projetos de IA saem da fase de planejamento para a conclusão ou implementação, com muitos sendo descartados. De fato, 20% das empresas globais e 11% das brasileiras possuem entre 50 e mais de 100 projetos de IA na etapa de escopo ou planejamento, que ainda não são projetos em execução. Entre as companhias globais, 20% também tiveram até 50 projetos que avançaram para o planejamento ou além dele, mas precisaram ser pausados ou cancelados completamente. Entre as empresas no Brasil, o valor cai para 17%, mas ainda é significante.
Conseguir avançar mais projetos de IA do planejamento para a implementação bem-sucedida será vital para que os negócios vejam um retorno sobre o investimento feito na tecnologia e atendam melhor seus clientes frente à concorrência. Dado o esforço para concretizar os projetos de IA, muitos tomadores de decisão de IA (74% globais e 85% no Brasil) estão vendo o valor em soluções “prontas para uso” como uma boa base para melhorar o desenvolvimento da IA.
Outros desafios
Há múltiplos outros fatores que também estão desacelerando ou bloqueando totalmente esses projetos de IA. No Brasil, o principal deles envolve desafios regulatórios, lembrados por 24% dos executivos locais entrevistados na pesquisa. Mundialmente, esse fator foi mencionado por 20%.
Entre outros destaques estão os desafios relacionados à falta de habilidades para desenvolver IA (23% globalmente e 21% no Brasil) e para implementar IA após o desenvolvimento (22% no mundo e no Brasil), desafios de governança de dados (23% globalmente e 22% no Brasil), restrições de orçamento (21% no mundo e 24% no Brasil) e falta de dados confiáveis para a IA funcionar (21% globalmente e 22% no Brasil).
Entre tomadores de decisão de IA globais, 37% (25% no Brasil) dizem que seus gerentes seniores não confiam na IA. Ainda, 42% deles sentem que colaboradores de níveis mais baixos também não confiam na tecnologia. No Brasil, esse valor sobe para 46%. Enquanto 21% dos executivos no mundo acreditam que seus clientes também não têm confiança na IA, no Brasil o número sobe para 24%.
Elevando a confiança
Globalmente, 65% dos tomadores de decisão de IA acreditam que seu país tem o potencial para liderar o mundo em habilidades de IA nos próximos cinco anos. Para atingir isso, 76% acreditam que seus segmentos precisam ser melhores em nutrir e qualificar equipes para IA, e 75% acham que seus governos precisam fornecer mais financiamentos e treinamentos em IA.
No Brasil, a visão é mais otimista, com 71% dos executivos indicando que o país tem o potencial para liderar o mundo em habilidades de IA nos próximos cinco anos. Além disso, 94% defendem a necessidade de mais qualificação nos segmentos e 87% destacam a importância de maior apoio governamental no país.
“Percebemos que o mercado brasileiro tem grande potencial para adotar a Inteligência Artificial, mas os desafios para sua implementação ainda são significativos. Com a crescente pressão por aumento de margens financeiras, as empresas locais buscam soluções tecnológicas que ofereçam benefícios sem comprometer a segurança ou a estabilidade do negócio. Sem uma implementação adequada, com dados de qualidade, seguros e governados, as companhias correm grandes riscos de não capturar os ganhos financeiros que a IA pode proporcionar”, afirma Olimpio Pereira, Country Manager da Qlik Brasil.
Uma melhor troca de conhecimento entre uma empresa e seus clientes pode ajudar a aumentar essa confiança e os investimentos subsequentes, já que 74% dos líderes globais buscam promover mais os benefícios da tecnologia dentro de suas organizações e para seus clientes. Esse índice sobe para 88% no Brasil, destacando a prioridade em promover os benefícios da tecnologia.
“Os líderes de negócios sabem o valor da IA, mas enfrentam uma série de barreiras que os impedem de passar de provas de conceito para uma implementação da tecnologia que crie valor. A primeira etapa para criar uma estratégia de IA é identificar um caso de uso claro, com metas e métricas de sucesso definidas, e usar isso para distinguir as habilidades, os recursos e os dados necessários para fornecer suporte em escala. Ao fazer isso, você começa a construir confiança e a conquistar a adesão da gerência para te ajudar a ter sucesso”, afirma James Fisher, Diretor de Estratégia da Qlik.