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31% dos CEOs revelam que podem substituir seus colaboradores pela IA

31% dos CEOs revelam que podem substituir seus colaboradores pela IA

Com a expansão da IA dentro das organizações, as empresas estão procurando mais do que nunca por profissionais que saibam usar a tecnologia

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A pesquisa CEO Survey entrevistou 4.700 executivos de 105 países e chegou num cenário preocupante: ao menos ¼ dos entrevistados acreditam que vão demitir colaboradores em 2024 devido ao uso de inteligência artificial generativa. No Brasil, esses CEOs chegam a 31%, e a redução esperada do quadro de funcionários é de ao menos 5%.

 

Também recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que 40% dos empregos ao redor do mundo devem ser impactados pelos efeitos da inteligência artificial. Os efeitos podem ir de desligamentos até a redução na procura de mão de obra, o que se reverte em salários mais baixos. Embora assuste muitas pessoas, também apresenta oportunidades — as empresas precisam mais do que nunca de profissionais que saibam usar as IAs, afinal.

 

Arnobio Morelix, CEO e cofundador da Sirius, concorda com a afirmação. “Estamos vivenciando um ponto de mudança muito importante para toda a humanidade. As IAs estão sendo incorporadas às funções existentes no mercado de trabalho e também estão criando novas, e as pessoas ainda são necessárias, só que lado a lado da tecnologia e não contra ela. Os profissionais terão que se adaptar, e quem começar mais cedo vai se dar melhor”, ressalta.

 

A pesquisa da PwC corrobora esse posicionamento. Na indústria de tecnologia, mundialmente, 56% dos CEOs projetam contratar mais em 2024, uma taxa quase 20 pontos percentuais mais alta do que a média global. “A área de tecnologia está crescendo e precisa de mais pessoas capacitadas. Ao mesmo tempo, conforme a IA reduz custos e aumenta a receita nas empresas de todos os setores, o crescimento acaba significando novas contratações, eventualmente”, lembra Morelix, que é autor do best-seller “Rebooted”, em que faz uma profunda análise do impacto positivo e negativo de escala global de novas tecnologias.

 

Áreas mais requisitadas dentro da tecnologia, como Ciência de Dados e diferentes tipos de Engenharia, devem ver boa parte dessa procura. Mas Arnobio relembra que inúmeros negócios vão se envolver mais com IA no âmbito da automação de tarefas, o que significa que os empregos que se baseiam primordialmente em operações repetitivas são os mais passíveis de enfrentarem a tal substituição. Já quem trabalha com estratégia continua requisitado, desde que inclua a inteligência artificial nos planos.

 

Manter uma boa performance daqui para frente dependerá também do uso da IA no dia a dia. Quem aprende a aplicar essa tecnologia como parceira de trabalho se destaca; a eficiência fica muito mais evidente quando há um “robô” auxiliando na geração de ideias, resolução de problemas e criação de conteúdo, por exemplo.

 

Precisamente por esse motivo, a Faculdade Sirius se propõe a criar uma nova geração de profissionais que atuam lado a lado com IAs. “Nosso objetivo sempre foi focar no que é possível fazer de acordo com as evoluções que vivenciamos. Enquanto se discute se as IAs vão acabar com empregos, nós trabalhamos para capacitar as pessoas para que elas desempenhem novas funções no próprio uso e desenvolvimento das IAs”, conclui o CEO.