Edit Content

Menu

2022: o ano de se investir em Infraestrutura Inteligente

2022: o ano de se investir em Infraestrutura Inteligente

Compartilhar:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

As velhas formas de trabalhar não funcionam mais. As empresas líderes da América Latina estão usando as provações de 2020 e 2021 para traçar, com o auxílio de soluções de infraestrutura inteligente, um caminho para um amanhã ágil, criativo e resiliente


Por Saida Ortiz


Recentemente, os Estados Unidos, a União Europeia e a China lançaram planos ambiciosos de desenvolvimento e modernização de suas infraestruturas. A meta era apontar caminhos de crescimento para a economia pós-pandemia. A América Latina – a região mais urbanizada do mundo – não deveria ser uma exceção a essa tendência. É essencial aproveitar esse momento para estimular a inovação nas cidades de forma a torná-las mais inteligentes.


De acordo com a GSMA, as aplicações de IoT e de cidades inteligentes podem “superar os desafios do final do século 20 e se tornarem líderes do século 21, gerando benefícios socioeconômicos substanciais para cidadãos e empresas”. Além disso, o relatório da GSMA, “A Economia Móvel na América Latina 2021”, prevê um crescimento do 4G na região de 55% em 2020 para 67% em 2025. Nesse mesmo ano, o 5G representará 12% das conexões totais. Em termos de IoT, a América Latina deve alcançar um total de 1,2 bilhões de conexões em 2025, gerando receitas de aproximadamente 31 bilhões de dólares naquele mesmo ano.


O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estabelece uma relação direta entre desenvolvimento, largura de banda e Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs). Os analistas do BID estimam que um aumento de 10% na penetração da banda larga nos países da América Latina poderia proporcionar um aumento de 3,19% no PIB e 2,16% na produtividade. Em seu Relatório anual do Índice de Desenvolvimento da Banda Larga o BID ressalta que a modernização da infraestrutura de todas as sub-regiões da América Latina é urgente.


Investimentos em infraestrutura inteligente devem aumentar 40% neste ano


Além do tradicional foco em estradas e pontes, vários analistas preveem que 2022 terá um forte foco em tecnologias de “infraestrutura inteligente”. São soluções que prepararão o terreno para maiores eficiências, sustentabilidade e crescimento no longo prazo. De acordo com a Forrester Research, em seu informe Predictions 2022, os investimentos em infraestrutura inteligente devem aumentar em 40% neste ano.


“Para facilitar a recuperação da pandemia, os planejadores urbanos priorizarão iniciativas para proporcionar aos cidadãos conectividade via internet. A meta é endereçar as questões da saúde pública e gerenciar os recursos críticos (p.ex. água, energia, iluminação) usando medidores inteligentes e monitoramento preditivo da rede elétrica,” afirma o estudo da Forrester.


A aceleração da digitalização da economia está abrindo a porta para despesas com infraestrutura inteligente. A Forrester observa que os últimos dois anos, por exemplo, estimularam inovações e a adoção de inteligência artificial (IA). A empresa de pesquisas prevê que 2022 também presenciará um grande número de patentes dadas para máquinas criativas, particularmente após a África do Sul ter dado a primeira patente para um sistema de IA criativa em 2021. Outras previsões incluem o aumento das despesas com tecnologia de marketing e a adoção de tecnologias nativas de cloud.


Rodovias, que por muito tempo foram vistas como infraestrutura tradicional, também devem se tornar mais inteligentes, transformando-se em uma plataforma importante de dados e de comunicação. Um artigo de dezembro de 2021 da TechCrunch afirma que os investimentos dos EUA em rodovias inteligentes causarão um boom econômico.


“À medida que dependemos, confiamos e entregamos mais de nossas vidas à tecnologia, um número crescente de pesquisadores sobre transportes e provedores de infraestrutura inteligente está adotando novos métodos criativos para melhorar a segurança, a eficiência e a sustentabilidade”, diz o artigo da TechCrunch, observando que há mais de 4 milhões de milhas de rodovias públicas nos EUA. “Rodovias inteligentes são uma solução óbvia e acessível para transformar a infraestrutura para a próxima geração de veículos, pessoas e cidades. Muitas vezes inventamos novas tecnologias para melhorar as antigas. Transformar rodovias em redes é uma solução que habilita a tecnologia.”


O papel dos data centers nesse contexto


Fica claro, portanto, que o conceito de infraestrutura inteligente expande-se a cada dia, avançando para aplicações cada vez mais ousadas. A chegada da rede 5G ao Brasil e à America Latina intensifica ainda mais essa tendência. Essa realidade está provocando mudanças nos data centers da região.


Para gerenciar a alta demanda por processamento de dados dos usuários latino-americanos, é necessário contar com uma variedade de soluções de infraestrutura inteligente de energia e de ar-condicionado para data centers de pequeno, médio e grande porte.


Vale a pena analisar soluções de data centers modulares que levam para todo tipo de aplicação a excelência em infraestrutura crítica inteligente. São soluções que adicionam agilidade, economia, interoperabilidade e controle a qualquer estratégia de infraestrutura. A meta é automatizar o gerenciamento remoto dos ativos de TI e de facilities, a separação do ar quente do ar frio, o confinamento do ar frio e a refrigeração de precisão de alta disponibilidade e alta eficiência. É fundamental entregar, também, economia de espaço, facilidade de expansão desta infraestrutura inteligente, monitoramento e controle integrados, além de serviços locais sob medida para auditorias de projeto.


2022 é um ano para ser ousado. As velhas formas de trabalhar não funcionam mais. As empresas líderes da América Latina estão usando as provações de 2020 e 2021 para traçar, com o auxílio de soluções de infraestrutura inteligente, um caminho para um amanhã ágil, criativo e resiliente.


*Saida Ortiz Sedano é Diretora de Canais para a Vertiv América Latina