CIOs de todo o mundo acreditam que suas empresas estão ficando para trás da concorrência em termos de ritmo de mudança. É o que afirma o Global CIO Survey 2019, realizado pela Logicalis, empresa global de soluções e serviços de tecnologia da informação e comunicação. O estudo, que entrevistou 888 CIOs em diversos países, descobriu que um terço deles (33%) acredita que o negócio está sendo superado pela concorrência. Segundo eles, as áreas que mais estão ficando para trás são: aumento da agilidade (24%), otimização de fluxo de trabalho (23%) e mais eficiência (22%).
O levantamento revela ainda, segundo 78% dos CIOs globais, que as empresas estão usando parceiros externos para terceirizar a TI devido à falta de conhecimento interno. Além disso, um quarto dos entrevistados (25%) declarou que os serviços na área são cada vez mais terceirizados pois não têm os recursos internos necessários.
Esta mudança de cenário também está afetando o patrimônio da TI, já que as empresas estão mudando o local onde são mantidos tecnologias e serviços. A pesquisa revelou que o core interno da infraestrutura de tecnologia continua encolhendo: apenas 41% das organizações mantêm internamente a maior parte das tecnologias e serviços – uma queda em relação aos 64% do ano passado. Além disso, o core na nuvem ainda precisa ganhar popularidade: apenas 14% dos entrevistados disseram armazenar tecnologias e serviços deste modo.
Para Mark Rogers, CEO da Logicalis, “os resultados deste estudo são duros e é extremamente preocupante saber que tantas organizações sentem que estão perdendo competitividade. No mundo moderno, com a transformação digital acontecendo, pode haver muita pressão na competição com os concorrentes e para se modernizar rapidamente. No entanto, as empresas deveriam passar menos tempo focadas na concorrência e olhar para dentro, questionando o que funciona para o próprio negócio. Ao responder esta questão e garantir que a tecnologia suporta ao cliente, elas irão alcançar o sucesso”.
“É importante observar o crescimento da terceirização de tecnologias e serviços. As organizações devem trabalhar com empresas de TI capazes de projetar, dar suporte e executar a transformação digital, com expertise técnica e conhecimento da indústria em que atuam, para garantir que a falta de recursos e conhecimentos internos não impeçam a jornada necessária para um futuro digital,” finaliza o executivo.