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Cultura digital como método de sobrevivência do Varejo

Cultura digital como método de sobrevivência do Varejo

Durante painel de debate na 6ª edição do Congresso TI & Varejo, líderes da Netshoes, Buscapé e ESPM destacam métodos de como engajar não só clientes, mas toda equipe corporativa, do time de vendas ao backoffice

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Dentre as principais demandas do Varejo para a área de Tecnologia da Informação, a adaptação ao mundo digital com reinvenção de processos é a mais significativa. E esse alinhamento tem tudo a ver com a capacidade de o gestor implementar internamente a cultura digital. Uma verdadeira globalização em que os colaboradores precisam entender a digitalização da empresa e a TI agindo de forma inovadora a fim de manter os negócios lucrativos.

 

“O varejista que iniciou os trabalhos no digital tem uma facilidade para aplicar esses conceitos na loja física. Antigamente, o e-commerce imitava muito o offline, mas hoje, vemos um movimento inverso em que o comércio eletrônico tem muito a ensinar. O varejista baseado em lojas físicas terá que adquirir essa cultura digital”, destacou o coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM, Ricardo Pastore, durante abertura do segundo painel de debates do Congresso TI & Varejo.

 

Os C-Levels que participaram da discussão concordaram com o especialista e acrescentaram que a cultura digital pode servir de método de sobrevivência do mundo físico, até porque o Brasil tem muita referência do comércio internacional e o consumidor hoje já é globalizado.

 

“A Netshoes tem diferentes marcas e operação online no Brasil, Argentina e México, além da loja física que é a Shoestock, um espaço recém-inaugurado em São Paulo com uma proposta bem diferente. Lidamos diariamente com públicos diversos em constante amadurecimento digital. A grande sacada para nós foi entender que não temos uma única solução para tudo, mas direcionar cada tecnologia para cada negócio, sempre avaliando o perfil do consumidor”, explicou André Petenussi, diretor de Tecnologia do Grupo Netshoes.

 

“Mais importante que metodologia ou investimento em tecnologia é a cultura da empresa em estar aberta para a inovação. Tanto o físico pode aprender com o digital quanto o online pode aprender com o offline. Quando isso estiver consolidado e proporcionando boas experiências para o consumidor, o Varejo será arrebatador”, sentenciou Marcus Wittmann, VP de Tecnologia do Buscapé.

 

Durante o debate, os especialistas foram unânimes em dizer que, mais importante que a tecnologia no processo de digitalização é a cultura da empresa em estar aberta à inovação. Cada canal pode aprender com o outro, contanto que o varejo não tire o foco no cliente. “Ele é a nossa principal estratégia”, acrescenta Wittmann.

 

 

Em entrevista à TVDecision, Petenussi também destacou a importância do backoffice para ter uma empresa digital: “O varejo não é só a venda, é a compra, armazenagem, logística e temos que inovar em todo esse processo. No meu ponto de vista, é importante para as empresas pensarem em criar uma plataforma de inovação por meio da gestão. O segredo está em como pensar de forma diferente”, completa o diretor da Netshoes.

 

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