A jornada da transformação digital no Varejo passa pela tecnologia. Computação cognitiva, analytics, realidade virtual, cloud computing, wi-fi e realidade aumentada são tendências que podem fazer a diferença hoje nos negócios. Entretanto, essa migração para ambientes disruptivos não é uma tarefa fácil e exige muito conhecimento dos gestores de TI.
“Não é uma jornada, é um movimento que você inicia. E isso pode ser muito rápido ou mais devagar, depende do ritmo de cada varejista. A jornada pode demonstrar algo que está muito distante e não condiz com nosso momento”, destacou André Fatala, diretor de Tecnologia do Magazine Luiza.
O executivo abriu a sexta edição do Congresso TI & Varejo, realizado ontem, 24, na capital paulista. Fatala discursou sobre seu próprio processo de crescimento na Tecnologia, que passou por empresas como Submarino e Predicta, e hoje ocupa a principal cadeira de inovação tecnológica dentro do Magazine Luiza.
“Hoje, temos 300 desenvolvedores no Luizalabs, um departamento que iniciou em pesquisa e desenvolvimento para assumir toda operação da empresa. Nossa missão é digitalizar o mundo físico, fazer as experiências acontecerem com tecnologia criada dentro de casa”, acrescentou o diretor.
O Congresso TI & Varejo reuniu C-Levels para discutir esse momento de disrupção no varejo. Toda comunidade varejista debateu o futuro do setor, que está cada vez mais focado em ter um propósito de marca, proporcionar a melhor experiência para o consumidor e engajar pessoas.
“Os canais digitais trouxeram muita facilidade de busca e comparativos de preços, mas o contato mais próximo com o cliente ainda acontece na loja física. O grande desafio hoje do varejo é trazer facilidades para o consumidor navegar entre esses dois mundos, físico e online”, complementou Ageu Pedro Junior, CIO da C&C.
“Por mais real que uma imagem seja no comércio eletrônico, as pessoas gostam de estar em contato com o produto, sentir a peça. Entretanto, cabe ao mundo físico se adaptar aos benefícios do digital, reduzindo qualquer tipo de atrito”, pontuou Paulo Farroco, CIO da Riachuelo.
Além dos C-Levels, o Congresso TI & Varejo contou também com a presença de especialistas do Varejo, que explanaram suas visões sobre desafios de modernização no setor. “A tecnologia está disponível, mas não significa que ela está acessível às empresas. Por isso é importante que as varejistas façam uma autocrítica do que já possuem dentro de casa e vejam se já absorveu tudo que os sistemas internos podem proporcionar”, concluiu Silvio Laban, coordenador de MBA do Insper.